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DOM JOAO VI NO BRAZIL 1045

viscorrde da Lapa, tratou de induzir o governo do Czar a assumir o compromisso de proteger a integridade portugueza contra qualquer ameac.a de dilaceragao por parte da Hes- panha revolucionaria (i).

Invocaya o diplomata portuguez a assignatura collectiva dos tratados de Vienna que, no seu dizer, continham impli- cita uma garantia geral e reciproca dos territorios respecti- vos das potencias signatarias, assim como da legitimidade e indepen dencia dos seus governos. Na sua resposta, a chan- oellaria russa, arredando de vez os ajustes do tratado de 1799 entre o Im,perio e Portugal por terem sido ipso facto annullados em 1808- -nao se renovando suas estipulaqoes e dando Portugal as maos a Inglaterra, entao no campo ad- verso a Russia - - chamava a attengao da legac.ao portugueza para a theoria >eminentemente conservadora sustentada n esta materia pelo governo de Sao Petersburgo.

A Russia propuzera com effeito em Aix-la-Chapelle uma garantia explicita, universal e reciproca afim de con verter n um facto material e incontestavel o espirito das tran- saccoes que constituiam o direito pu blico europeu. Esta pro- posta nao estava comtudo ainda acceita e a chancellaria de Sao Petersburgo rejeitou ligar-se por um accordo cathego- rico, mas isolado. O despacho mandado em Julho de 1820, antes da revolta do Porto, ao barao de Thuyll, ministro no Rio de Janeiro, rezava que a Russia offerecia a Portugal, no caso de aggressao por parte da Hespanha, o mesmo apoio mo ral que dera a esta por occasiao da aggressao portugueza no Rio da Prata. A mal disfargada ironia da resposta cantida

��(1) ( (HTcsp. do visconde da L;i)>;i c do encarregado de nogocios Ahrou I.ima (future conde da Carrcira), nos Papcis avulsos no Arch, do Min. das Rel Ext.

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