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1134 DOM JOAO VI NO BRAZIL

mente dccidirem o que mais 1 hes convinha e aos seus consti- tuintes: si a -erecgao da Banda Oriental em estado indepen- dente, si a reuniao a Buenos Ayres, si a encorporagao ao Brazil. Opinava ao mesmo tempo o ultimo ministro dos nego- cios estrangeiros de Dom Joao VI na America que se acredi- tasse um agente como consul-encarregado de negocios nas Provincias Unidas, no intuito de manifestar as intengoes amigaveis do governo portuguez com relagao aos paizes cir- cumvizinhos da sua nova annexagao caso tivesse esta lugar - -, entrando-se com elles em proveitosas relacoes com- merciaes e respeitando-se mutuamente as bandeiras.

O que a Silvestre se afigurava com razao impossivel era prolongar mais o statu quo, representado por uma exhi- bicao militar dispendiosissima, sem se decidir cousa alguma definitiva, nem sendo mesmo possivel fazel-o nas condigoes creadas, pois que a corte do Rio fora ao ponto de reconhecer, no decorrer das negociagoes, a soberania do Rei Catholico sobre o territorio avassallado pelas armas portuguezas. Nun- ca se houvera comtudo aquella corte declarado prompta a restituil-o sem compensagao, conforme o exigia o gabinete de Madrid, arguindo que a devolugao seria apenas a conse- quencia natural de tal reconhecimento de soberania, e que portanto ao governo brazileiro cumpria declarar-se dis- posto a retroceder o territorio invadido, em virtude da mera reclamagao do seu legitimo soberano.

As ultimas ordens de Dom Joao VI, antes de se retirar para Lisboa, foram no sentido das formas preconizadas por Silvestre e na direcgao do seu proprio constante pensamento, que n este assumpto se concretizou n uma acgao perseverante e feliz. Convidados os habitantes da Banda Oriental a deli- berarem sobre seu futuro, resolveram a 31 de Julho de 1821

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