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Moça, tão moça ainda e morrer devo!
Formosa tambem fui, minha desgraça
A formosura fez. Tinha a meu lado
Então o amante, abandonou-me agora.
Desfolhada a capella jaz e as folhas
Despargidas no chão. Mãos violentas
Em mim não ponhas, não te fiz mal nunca;
Não me deixes clamar debalde. Em dias
De vida te não vi.

FAUSTO

Terei eu força
De supportar tal dôr?

MARGARIDA

Sei que tu podes
Sobre mim tudo. Deixa que amamente
O pequenino. Com amor materno
De noite o acarinhei. Foi-me roubado,
Atormentar-me querem e levantam-me
Que o matára eu. Jamais alegre
Eu tornarei a estar. Trovas me deitam;
É maldade da gente. Assim acaba
Uma antiga canção; quem os ensina
A dar-lhe tal sentido?

FAUSTO (lança-se de joelhos.)

P'ra salvar-te