Quatro regras de diplomacia/Dedicatoria

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A SUA EXCELLENCIA


PRESIDENTE DA CAMARA DOS DIGNOS PARES DO REINO,
CONSELHEIRO D’ESTADO EFFECTIVO,
PRESIDENTE QUE FOI DO CONSELHO DE MINISTROS,
MINISTRO E SECRETARIO D’ESTADO HONORARIO,
SOCIO EFFECTIVO E, POR ALGUNS ANNOS,
COMMENDADOR DA DE N. S. DE JESUS CHRISTO;
GRAN CRUZ DAS ORDENS DE LEOPOLDO, DA AUSTRIA;
DE LEOPOLDO, DA BELGICA; DO CRUZEIRO E DA ROZA, DO BRAZIL;
CAVALLEIRO DA ORDEM DO ELEFANTE, DE DINAMARCA;
GRAN CRUZ DAS ORDENS DA LEGIÃO DE HONRA, DE FRANÇA;
DA S.TA ROSA, DE HONDURAS; DE CARLOS III, DE HESPANHA;
DE GUADALUPE, DO MEXICO; DO LEÃO NEERLANDEZ, DOS PAIZES BAIXOS;
DO LEÃO E DO SOL, DA PERSIA;
DA AGUIA BRANCA, DA POLONIA; DE ALBERTO O VALOROSO, DA SAXONIA;
CAVALLEIRO DA ORDEM DOS SERAPHINS, DA SUECIA;
GRAN CRUZ DAS ORDENS DO NICHAN IFTIKAB, DE TUNIS;
DE OSMANIÉ, DA TURQUIA.
ETC. ETC. ETC.


Dedica



O tempo que, como Secretario de Legação, tive a fortuna de servir debaixo das ordens de V. Ex.a, então digno Representante de Sua Magestade em Madrid, foi uma das epochas da minha vida, que me tem deixado recordações mais gratas e saudosas, para o que efficazmente contribuiu a benevolencia que V. Ex.a sempre me dispensou.

Como fraco testemunho do meu respeito e reconhecimento, pedi licença para dedicar esta minha tentativa a quem, como exemplo vivo, me havia inspirado a idéa. A annuencia de V. Ex.a muito honrou o livro e o author, que terá conseguido o seu fim, se porventura o modo por que deu forma ao pensamento, puder merecer a authorisada approvação de V. Ex.a

Animado de tão lisongeira esperança, rogo a V. Ex.a se digne de acceitar os protestos de alta consideração e acatamento de quem tem a honra de ser

De V. Ex.a

Lisboa, em 30 de Agosto
de 1880.

muito attento venerador e
criado obrigadíssimo

Visconde de Figanière.