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Quem há de alimentar de luz ao dia

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Quem há de alimentar de luz ao dia?
Quem de esplendor ilustrará a Nobreza?
Quem há de dar lições de gentileza
A toda a gentileza da Bahia?

Já feneceu do mundo a galhardia,
Melancólica jaz a natureza,
Vendo em pó reduzida a fortaleza,
E em cinzas desatada a fidalguia.

O Marte (digo), que ao combate expunha
O peito sem temor, que ao mundo assombra,
Sendo da paz terror, da guerra espanto.

Foi este o Senhor Matias da Cunha,
Que hoje nos dá tornado em fria sombra
Ao discurso pesar, aos olhos pranto.