Refutação de todas as heresias/V/XIX

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Justino diz que o juramento para o conhecimento do que "o olho não viu, nem ouvido ouviu, nem jamais chegou ao coração do homem"[1], isto é, se deseja conhecer Aquele é o bem sobre todos, Aquele que é o mais exaltado, (você deve jurar) que irá preservar os segredos da disciplina (justiniana), e ficar quieto, como também o Pai, sendo iniciado com Ele, preservou os mistérios a respeito dos quais o silêncio é necessário, e jurado, como foi escrito: "Jurou o Senhor e não se arrependerá"[2]. Tendo então selado essas doutrinas, ele procura enganar (seus seguidores) com mais lendas, (que são detalhadas) em um grande número de livros; e assim ele conduz (seus leitores) ao Bem, terminando a iniciação (ao admití-lo) nas Mistérios inefáveis[3]. A fim de que não gastemos muito tempo em seus volumes, ilustraremos os Mistérios inefáveis (de Justino) de um dos seus livros, que é reputado como um (trabalho) importante. O título desse volume é Baruque; teremos um relato fabuloso do que é explicado por (Justino) deste (volume), e faremos alguns paralelos com Heródoto. Ao dar uma forma diferente a esse (relato), ele explica a seus aprendizes como se fosse algo novo, dando a impressão de que todo o corpo de doutrinas (floresce) daí.

Notas[editar]

  1. Isaías 44:4, 1 Coríntios 2:9
  2. Salmos 110:4, Hebreus 7:21
  3. Ou "ao resto dos Mistérios".