Tradução:Relato de Contos por Rebbe Nachman/13

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Conoto 13: Os Sete Mendigos[editar]

[O rei que transferiu seu reino para seu filho durante sua vida][editar]

Eu vou lhes contar como que certa vez ficaram alegres... Certa vez havia um rei e o rei tinha um filho único e o rei quiz dar o reino para o seu filho durante sua vida (ou seja, enquanto estava vivo), então ele fez um grande baile e quando o rei faz um baile, é certamente muito alegre, particular agora em que ele passava o reino para seu filho em sua vida. Certamente houve uma alegria muito grande. E estavam lá no baile todos os ministros do rei e todos os duques e oficiais, e ficaram muito alegres no baile. E o país também teve prazer disso que o rei cedera o reino em vida para o seu filho pois isso era uma grande honra para o rei e lá se fez uma grande alegria. E houve lá todos os tipos de alegrias, grupos de atores, comediantes e coisas do gênero, tudo o que traz alegria, tudo isso havia lá no baile. E quando eles já estavam muito alegres, o rei se ergueu e disse ao seu filho: "Uma vez que eu posso ver através das estrelas, vejo eu que você cairá do trono em determinada ocasião, portanto veja bem para que não tenhas nenhuma tristeza (ou seja, nenhuma amargura) quando caíres do trono, apenas fique alegre e quando você ficar alegre eu também ficarei alegre mesmo que você tenha tristeza eu ficarei feliz por você não ser o rei, pois você não é adequado de ser o rei pois você não ficou alegre (ou seja, por você ser uma pessoa assim que não pode se manter sempre alegre mesmo quando você cai do reino, e portanto você não é adequado de ser o rei), entretanto, se você ficar alegre então eu ficarei extremamente alegre". E o filho do rei recebeu o reinado em grande pompa.

E colocou para si ministros do rei e teve duques, ministros e exército. E o filho do rei era um sábio e gostava muito da sabedoria e cerca dele haviam grandes sábios e quando vinham até ele com considerava muito importantes e ele costumava lhes dar grandes honras e riquezas por causa da sabedoria. O que cada um queria ele lhe dava. Um quiz dinheiro, então ele lhe deu dinheiro, um quiz honra então ele lhe deu honra, tudo pela sabedoria. E devido à sabedoria ser entre eles tão importante então eles todos se voltaram para a sabedoria e todo o país se ocupava com sabedorias, pois esse queria dinheiro o fazia pelo dinheiro e esse porque queria importância e honra.

E por causa que todos eles se ocupavam apenas com sabedorias, por isso eles lá no país esqueceram as táticas de guerra (ou seja, como se conduzir em uma guerra), pois eles todos se ocupavam apenas com sabedorias, até que o menor do país era considerado o maior sábio em um outro país. E os sábios do país eram muito grandes extraordinários sábios. E devido às sabedorias, os sábios do país se tornaram ateus e também conduziram o filho do rei ao ateísmo. No entanto o resto do povo não se desviou, eles não caíram no ateísmo pois havia uma grande profundidade na sabedorias desses sábios e o resto do povo não conseguia alcançar a sabedoria deles e por isso eles não se desviaram. Apenas os sábios e o filho do rei se tornaram ateus. E o filho do rei, por ter o bem dentro dele, pois ele fora educado com bondade e ele tinha boas características, costumava se recordar sempre onde ele estava no mundo, o que ele fazia. E ele costumava dar um grande gemido costumava e costumava se lamentar muito. Ele costumava se recordar, como pode ser que eu caí em tamanha coisa, o que ocorreu comigo, onde estou eu no mundo? E costumava se lamentar muito, porém logo que começava a utilizar sua inteligência novamente se fortalecia nele as sabedorias do ateísmo. E assim foi várias vezes em que ele costumava se lamentar onde ele estava no mundo, o que ele fazia etc..., conforme mencionado. E costumava gemer e se lamentar, porém logo que ele começava a utilizar a inteligência novamente se fortalecia nele o ateísmo, conforme mencionado.

[O êxodo e o menino e a menina se perdem; os mendigos vêm e os alimentam][editar]

E veio o dia e houve uma fuga em um país e todos fugiram, e quando eles fugiam eles passaram por uma floresta e eles lá perderam duas crianças um menino e uma menina. Um perdeu um menino e um perdeu uma menina. E elas ainda eram pequenas crianças de quatro, cinco anos.


E as crianças não tinham o que comer, então elas gritaram e choraram pois elas não tinham o que comer. Nesse ínterim chegou até elas um mendigo e ele vinha com um saco e as crianças começaram então a mecher com ele e se aproximar dele. Então ele lhes deu pão e elas comeram. Então ele lhes perguntou: "De onde vocês vieram até aqui?" E elas lhe responderam: "Nós não sabemos", pois elas eram pequenas crianças. Então ele começou a se distanciar delas, então elas lhe pediram para que ele as levasse com ele. Então ele lhes disse: "Isso eu não quero, que vocês venham comigo". Nesse ínterim elas deram uma olhada e eis que o mendigo era cego. E isso foi para elas uma novidade, que ele fosse cego, como é que ele conseguia se conduzir? (E na verdade, isso por si só era uma novidade, que para as crianças isso fosse algo curioso, pois elas eram apenas crianças, no entanto elas eram crianças inteligente por isso isso lhes era uma novidade). Então ele as abençoou (o mendigo cego) para que elas fossem assim como ele, que elas fossem tão idosas como ele, e ele lhes deixou mais pão e se foi. E as crianças compreenderam então que D'-s Abençoado Seja Ele lhes Tinha Providenciado e Enviara para elas um mendigo cego para lhes dar de comer. Mais tarde o pão terminou e elas novamente começaram a gritar por comida. Mais tarde anoiteceu e elas dormiram lá. De manhã elas novamente não tiveram o que comer e então elas gritaram e choraram. Nesse ínterim, novamente veio um mendigo que era surdo. E elas começaram a conversar com ele. Então ele lhes mostrou com a mão e lhes disse que ele não escutava nada. E o mendigo também lhes deu pão para comer e começou a se afastar delas. E elas também quizeram que ele as levasse com ele e ele não quiz. E ele também as abençoou para que elas fossem como ele e também lhes deixou pão e se foi. Mais tarde esse pão também terminou e elas novamente gritaram, conforme mencionado.

E novamente veio até elas um mendigo que tinha dificuldade de falar (ou seja, ele gaguejava ao falar) e elas começaram a conversar com ele e ele então gaguejou ao falar. Elas não entenderam o que ele dizia e ele entendia o que elas falavam, só que elas não compreendiam o que ele falava pois ele gaguejava. E o mendigo também lhes deu pão para comer e também se foi embora e também as abençoou para que elas fossem como ele e se foi, conforme mencionado. Mais tarde novamente veio um mendigo que tinha o pescoço torto e ocorreu também assim conforme mencionado, mais tarde novamente veio um mendigo, um corcunda, e depois veio novamente um mendigo sem mãos e depois veio um mendigo sem pernas. E cada um deles lhes deu pão e as abençoou para que elas fossem como eles, tudo como os outros mendigos mencionados anteriormente. Mais tarde novamente o pão terminou e elas começaram então a ir até o povoado, até que elas chegaram em um caminho. Então elas foram por esse caminho, até que elas chegaram em um vilarejo. Então as crianças entraram em uma casa.

E tiveram pena delas e lhes deram pão. E elas novamente entraram em uma casa e lá também lhes deram pão. E elas costumavam ir nas casas e elas viram que era bom, que lhes davam pão e então as crianças entre si decidiram que iriam permanecer sempre juntas e elas fizeram para si grande sacos e iam nas casas. E iam em todas as festas, em circuncisões em casamentos. E elas foram mais adiante e chegaram na cidade e foram nas casas e foram nas feiras e costumavam sentar-se entre os mendigos assim como eles sentam-se 1á, com um prato na mão, até que as crianças já se tornaram então famosas entre todos os mendigos, pois todos as conheciam e sabiam delas, que essas eram as crianças que se perderam na floresta, conforme mencionado. Certa vez houve uma grande feira em uma grande cidade. E foram para lá todos os mendigos e as crianças também foram para lá.

[Os mendigos combinam com o menino e a menina][editar]

E os mendigos tiveram a idéia de casar as crianças para que um ficasse com o outro. E logo que eles começaram a falar disso, a idéia agradou a todos, e então eles resolveram casá-los. Só que, como fazer o casamento? Então eles pensaram consigo mesmo, de que nesse e nesse dia haveria um banquete em homenagem ao aniversário do rei e que lá iriam todos os mendigos e lá eles pediriam pão e carne com o qual eles fariam então o casamento. E assim foi, todos os mendigos foram ao banquete e pediram pão e carne e também juntaram o que restou do banquete, pão e carne e então foram e cavaram um grande buraco onde podiam entrar cem pessoas e o cobriram com ramos, com terra e com adubo. E eles todos entraram lá dentro e eles lá fizeram o casamento das crianças e eles as colocaram sob uma cobertura matrimonial e eles lá ficaram muito e muito felizes.

[Primeiro Dia][editar]

E o noivo e a noiva também ficaram muito felizes. E o noivo e a noiva começaram então a recordar a benevolência que D'-s Abençoado Seja Ele Fizera com eles, quando eles estiveram na floresta. E eles começaram a chorar e pediram muito: "Como trazer para cá o primeiro mendigo, o cego, que nos trouxe pão na floresta?" E logo que eles assim pediram pelo mendigo cego, nesse ínterim, ele respondeu: "Eu estou aqui. Eu vim até vocês no casamento. E pelo vosso discurso de casamento (que o noivo costuma pronunciar na mesa do casamento), eu vos darei de presente, que vocês sejam tão idosos como eu. Pois anteriormente eu vos abençoei para que vocês fossem tão idosos como eu e agora eu vos presenteio como um presente completo pelo discurso, de que vocês sejam tão idosos como eu. Vocês acham que eu sou um cego? Eu não sou nada cego, só que todo o mundo não vale para mim nem sequer um piscar de olhos (ou seja, por isso ele parecia cego, pois ele não dava nenhuma olhada para o mundo, pois todo o mundo para ele não valia nem sequer como um piscar de olhos e por isso ele não dava nenhuma olhada e nem uma piscadela para o mundo). Pois eu sou muito idoso, e no entanto eu ainda sou um bebê e ainda nem comecei a viver e apesar disso eu sou muito idoso e não apenas eu digo isso, mas eu tenho um certificado da Grande Águia. Eu vou contar a vocês uma estória". (Isso tudo contava o mendigo cego).

[A Grande Águia e a conversa sobre as primeiras lembranças][editar]

"Certa vez iam pessoas em vários barcos pelo mar. Eis que veio um vento tempestuoso (ou seja, um vento muito forte) e quebrou os barcos, e as pessoas se salvaram e elas chegaram até uma torre. Então elas subiram na torre e elas lá acharam todas as comidas, bebidas, vestimentas e tudo o que elas precisavam e lá havia tudo de bom e todos os prazeres do mundo. Então elas anunciaram que cada uma delas deveria contar uma estória antiga, que ela lembrava das primeiras recordações. Ou seja, o que ela lembrava da época em que começara a sua memória. E lá haviam velhos e jovens. E então deram a honra ao mais velho que havia entre eles, para que ele começasse a contar. Então e lhes contou (ou seja, o velho mais idoso): "O que eu vou contar a vocês? Eu me lembro até mesmo de quando cortaram a maça do galho". E ninguém compreendeu o que ele dissera. Entretanto lá haviam sábios e eles disseram: "Certamente essa é uma estória muito antiga". Então eles deram a honra para um outro velho que era mais jovem que o primeiro, para que ele contasse. Então o outro disse: "Essa é uma estória antiga? (em tom de zombaria), eu me lembro dessa estória, e eu me lembro até mesmo quando a lâmpada brilhava". Então eles lá disseram que essa era uma estória ainda mais antiga do que a primeira. E isso foi para eles uma novidade, que o segundo fosse mais jovem e se lembrasse de uma estória mais antiga do que o primeiro. Mais tarde honraram o terceiro velho, para que ele contasse. E o terceiro era ainda mais jovem, e o terceiro então lhes disse: "Eu me lembro até mesmo de quando começou a construção da fruta, quando a fruta começou a ser fruta". Então eles lá disseram que esse era um conto ainda mais antigo.

Mais tarde o quarto velho contou, e ele era ainda mais jovem: me lembro até mesmo de quando levaram a semente para plantar o fruto". E o quinto que era ainda mais jovem, disse: "Eu me lembro até mesmo dos sábios que planejaram a semente". E o sexto, que era ainda mais jovem, disse: "Eu me lembro até mesmo do gosto da fruta antes mesmo de o gosto entrar na fruta". E o sétimo disse: "Eu me lembro até mesmo do cheiro da fruta antes mesmo de o cheiro entrar na fruta". Então o oitavo disse: "Eu me lembro até mesmo do aspecto visual da fruta antes mesmo de ter entrado na fruta". E eu era na época apenas uma criança (ou seja, o mendigo cego que contava tudo isso) e eu também estava lá e respondi e lhes disse: "Eu me lembro de todas as estórias e eu me lembro do nada". Então eles disseram que essa era uma estória muito antiga, mais antiga de todas e foi para eles uma grande novidade que essa criança se lembrasse mais do que todos. Nesse ínterim veio uma grande águia e bateu na torre e disse para eles: "Parem de ser pobres pessoas, voltem-se para os seus tesouros e utilizem os seus tesouros". E ela lhes disse que eles deixassem a torre em ordem de idade, que os mais velhos saíssem primeiro. E ela os retirou a todos da torre. E ela primeiro tirou a criança, pois na verdade ela era mais velha que todos eles. E quem era mais jovem ela o retirou primeiro e o mais velho de todos ela só o retirou no fim, pois quem era mais jovem era mais velho (pois o mais jovem contara a estória mais antiga) e o mais idoso dos velhos era o mais jovem de todos.

Então a Grande Águia lhes disse: "Eu vou interpretar para vocês todas as estórias, que todos contaram. Esse que contou que se lembrava de quando cortaram a maça do galho, quiz dizer que ele se lembrava até mesmo de quando lhe cortaram o cordão umbilical (ou seja, até mesmo isso que lhe fizeram logo que ele nasceu, que lhe cortaram o cordão umbilical, até mesmo disso ele se lembrava), e o outro que disse que se lembrava até mesmo da låmpada que brilhava, quiz dizer que se lembrava até mesmo de quando estava no útero quando então uma luz brilhava na cabeça (pois assim está escrito na Tradição Oral que quando a criança está na barriga de sua mãe, nessa época brilha uma luz em sua cabeça, etc...) , e esse que disse que se lembrava até mesmo de quando começou a se formar a fruta, ou seja, ele se lembrava até mesmo quando o seu corpo começou a se formar, na época em que a criança começa a existir. E esse que se lembrava da época em que levaram a semente para plantar a fruta, significa que ele se lembrava até mesmo da gota de sêmen durante a união. E esse que se lembrava dos sábios que planejaram a semente, quiz dizer que ele se lembrava até mesmo de quando a gota de sêmen estava no cérebro. esse que se lembrava do gosto, isso significa a alma, e o cheiro significa o espírito e a visão significa a alma Divina. E a criança disse que se lembrava do nada, pois ela era superior a todos eles e ela se lembrava do nada (ou seja, ela se lembrava de quando nada existia, ela se lembrava o que se fez lá, e isso era mais antigo do que tudo)". E a Grande Águia disse para eLes: "Voltem para os seus barcos, que são os seus corpos que se quebraram, eles serão novamente reconstruídos. Agora voltem para eles". E ela os abençoou" E para mim (ou seja, para o mendigo cego que contava tudo isso) ela disse (ou seja, a Águia): "Você vem comigo pois você é como eu pois você é muito idoso e é ainda um bebê e você ainda não começou a viver e no entanto você já é tão idoso, e eu também sou assim, pois eu sou muito idoso e ainda sou um bebê, etc...".

"Sendo assim, eu tenho o certificado da Grande Águia de que eu sou muito idoso e ainda sou um bebê etc..., e agora eu vos presenteio como um presente completo pelo discurso do casamento, para que vocês sejam tão idosos como eu". E lá se fez uma grande alegria e uma imensa felicidade. E eles ficaram muito contentes. No segundo dia dos sete dias de comemoração o noivo e a noiva novamente relembraram do segundo mendigo, que era surdo e que os tinha alimentado e 1hes dera pão. E eles choraram e o desejaram: "Como trazer para cá o mendigo surdo que nos sustentou?"

[Segundo Dia][editar]

Nesse ínterim quando eles tanto desejaram por ele, nesse ínterim ele entrou e disse: "Eu estou aqui". E ele caiu sobre eles e os beijou e lhes disse: "Agora eu vos presenteio como um presente para que vocês sejam assim como eu, para que vocês vivam uma vida tão boa como eu, pois anteriormente eu vos abençoei com isso mas agora eu vos presenteio minha boa vida como um presente completo pelo discurso do casamento. Vocês acham que eu sou surdo? Eu não sou nada surdo. Só que o mundo inteiro não siginifica nada para mim para que eu ouça suas deficiências. Pois todas as vozes do mundo vêm todas das deficiências, pois cada um grita pela sua deficiência, ou seja pelo que lhe falta, e mesmo todas as festividades do mundo são todas devido às deficiências pois se fica feliz por algo que estava faltando e agora obteve-se isso que estava faltando e para mim o mundo inteiro não vale nada para que eu ouça suas deficiências, pois eu vivo uma vida tão boa que não tem nenhuma deficência e eu tenho un certificado de que eu vivo uma vida muito boa do país da riqueza". E a sua boa vida era que ele comia pão e bebia água. (Então ele lhes contou).

A terra das riquezas e a conversa sobre a vida boa[editar]

"Que existe um país que possui uma grande riqueza e eles tem grandes tesouros. Certa vez eles se juntaram, os ricos e cada um começou a se vangloriar de sua boa vida, como ele vivia uma boa vida e cada um contou a ordem de sua vida. Então eu respondi e lhes disse (ou seja, o mendigo surdo que contava tudo isso): "Eu vivo uma vida boa que é melhor do que a de vocês. E a prova disso é que se vocês vivem uma vida boa vocês então podem salvar um certo país, pois existe um país que possuía um jardim e no jardim haviam frutos que tinham todos os sabores do mundo e tinham todos os odores existentes no mundo haviam lá no jardim todas as imagens e cores existentes no mundo, tudo isso havia no jardim. E havia no jardim um jardineiro (ou seja, esse que toma conta do jardim). E o país costumava viver uma vida boa por causa do jardim. Então o jardineiro desapareceu, e de tudo o que há lá no jardim certamente já não vai mais sobrar nada pois lá já não há mais um jardineiro que tome conta do jardim e que saiba providenciar o que se precisa fazer no jardim. No entanto eles ainda poderiam viver dos "adendos" do jardim (ou seja, do crescimento aleatório, ou seja do que crescem um jardim por si só, disso que se cai). E veio um rei cruel sobre o país e o rei não podia fazer nada contra eles, então ele foi e arruinou a boa vida do país que eles tinham do jardim. Não que ele arruinasse o jardim, somente que ele deixou no país três grupos de escravos e ele lhes disse que eles fizessem o que ele lhes ordenara, e através disso, eles arruinaram o gosto, pois através disso que eles lá fizeram, através disso eles causaram que quando se queria sentir um sabor, então o sabor era o de algo podre. E assim eles arruinaram o odor de forma que todos os cheiros tinham um cheiro gálbano. E assim eles arruinaram as imagens. Pois eles fizeram com que os olhos se escurecessem, assim como ocorre quando há nuvens (isso tudo os três grupos de escravos conseguiram no país através do que fizeram segundo o que o rei lhes ordenara, conforme mencionado). Agora, já que vocês vivem uma boa vida então vocês podem salvar o país". (Assim disse tudo isso o mendigo surdo para os do país da riqueza que se vangloriavam que viviam uma boa vida, conforme mencionado). "E eu vos digo que se vocês não os ajudarem, o mesmo pode ocorrer com vocês (ou seja, isso que foi arruinado nesse país, a imagem, o cheiro e o sabor, isso também pode ocorrer com vocês)".

Os ricos e os surdos vão para a terra=[editar]

Então os ricos mencionados acima se levantaram e partiram para o país e eu também fui com eles. E no caminho eles também viveram cada um deles a sua boa vida pois eles tinham riquezas, conforme mencionado. Assim que eles chegaram próximo ao país, começou entre eles a se destruir o sabor e outras coisas e eles perceberam de que entre eles as coisas se apodreceram. Então eu lhes disse: "Se agora que vocês ainda não entraram dentro do país, já começou a apodrecer entre vocês o sabor e a visão e o cheiro, o que será então quando vocês entrarem lá dentro? E muito mais, como vocês poderão ajudá-los?" Então eu peguei meu pão e minha água e lhes dei. E eles sentiram no meu pão e na minha água todos os gostos (e todos os odores etc...) e se consertou entre eles o que tinha se estragado entre eles (ou seja, o gosto a visão e o cheiro). E o país, ou seja o país que entre eles havia o jardim (em que entre eles se arruinou o gosto etc..., conforme mencionado), eles começaram a procurar por uma maneira de corrigir o país do que se arruinara entre eles, o sabor etc... Então eles pensaram consigo mesmo, de que existia um país da riqueza (ou seja, exatamente o país da riqueza mencionado anteriormente que o mendigo conversara com eles, conforme mencionado) e lhes parecia (ou seja o país onde lá havia o jardim, lhes parecia) que o jardineiro deles que se perdera (que através dele eles viveram uma vida boa) tinha raízes com o país da riqueza, que vivia uma vida boa.

E por isso, eles tiveram a idéia de enviar para o país da riqueza. E os mensageiros foram e eles se encontraram uns aos outros (ou seja, os mensageiros se encontraram com os do país da riqueza no caminho, pois os do país da riqueza queriam ir até eles, conforme mencionado). Então eles perguntaram aos mensageiros: "Aonde vocês estão indo?" E eles responderam: "Nós vamos para o país da riqueza para que eles possam nos ajudar". Então eles lhes disseram: "Nós mesmos somos do país da riqueza e nós estamos indo até vocês". Então eu lhes disse (ou seja, o mendigo surdo que estava contando tudo isso) : "Vocês precisam de mim, pois vocês não podem ir até lá salvá-los, conforme mencionado (pois quando eles estavam próximos do país eles mesmos já se arruinaram, muito mais salvá-los etc..., conforme mencionado) portanto vocês permaneçam aqui e eu seguirei com os mensageiros para salvá-los".

Então eu fui com os enviados e cheguei até o país e entrei dentro de uma cidade e vi que algumas pessoas vinham e contavam piadas e eles riam e eu então me inclinei para ouvir o que eles diziam e então ouvi que eles falavam coisas profanas. Esse contava uma piada profana e esse a contava um pouco melhor e esse ria e esse tinha prazer e assim por diante, assim como é o hábito deles. Mais tarde eu fui mais adiante em uma outra cidade (do país) e eu vi duas pessoas que brigavam um com o outro por causa de um certo negócio e eles foram para o tribunal. Mais tarde eles novamente brigaram e disseram que eles já não queriam mais esse tribunal, só queriam um outro tribunal. Então eles escolheram para si um outro tribunal e eles então foram julgados pelo outro tribunal. Mais tarde novamente brigaram um deles com um outro e eles novamente escolheram um outro tribunal e assim eles lá novamente brigaram esse com esse e esse com esse e eles escolheram cada vez um outro tribunal, até que toda a cidade estava cheia de tribunais. Então eu dei uma olhada e vi que isso era devido à que lá não havia nenhuma verdade. Agora esse inclinava a lei e era favorável à esse (ou seja, ele enganava aquele e favorecia esse) e mais tarde era favorável ao outro (ou seja, depois ele favorecia ao outro), pois eles recebiam suborno e não havia nenhuma verdade entre eles. Mais tarde eu vi que eles estavam repletos de adultério e que lá havia tanto adultério até que tudo já lhes era permitido. Então eu lhes disse que por causa disso se arruinou entre eles o gosto, o odor e a visão, por causa do rei cruel, conforme mencionado. Pois ele deixou entre eles os três grupos de escravos, conforme mencionado, para que eles fossem e arruinassem o país. Pois eles foram até eles e falaram entre eles coisas profanas e assim eles trouxeram a língua profana para dentro do país. E através da língua profana se arruinou entre eles o gosto até que todos os gostos tinham um gosto podre. E assim eles trouxeram o suborno ao país e através dele se arruinou entre eles a visão e os olhos se escureceram, pois assim está Escrito, que "o suborno cegará os olhos dos sábios", ou seja, o suborno torna os olhos cegos, e assim os escravos trouxeram o adultério ao país, e através dele o odor se arruinou pois através do adultério o odor se arruina (e por isso o rei cruel deixou três grupos de escravos no pais, e lhes ordenou para que eles fossem e trouxessem essas três transgressões para o país, e através delas se arruinou entre eles a visão o sabor e o odor, conforme mencionado). "Portanto vocês tratem de recuperar o país dessas três transgressões. E vocês devem procurar por essas pessoas (ou seja, pelos escravos que trouxeram essas três transgressões ao país, conforme mencionado) e capturá-los. E se vocês fizerem, e retificarem o país dessas três transgressões, então eu vos digo que não somente que entre vocês vão se recuperar o gosto, a visão e o odor, mais ainda, até mesmo o jardineiro que se perdeu também poderá ser procurado". E eles assim o fizeram e eles começaram a limpar o país dessas três transgressões e eles procuraram pelas pessoas (ou seja, pelos escravos mencionados) , e eles capturavam uma pessoa e lhe perguntavam: "De onde você vem?", até que eles capturaram as pessoas do rei cruel (ou seja, os três grupos de escravos mencionados acima) e eles os expulsaram. E eles então retificaram o país das transgressões.


Nesse ínterim houve um rumor. Talvez seja possível que esse louco que diz ser o jardineiro, pois tem um louco que anda e diz para todos que ele é o jardineiro e cada um o toma como louco e jogam pedras nele e o expulsam, talvez, apesar de tudo, justo ele seja o jardineiro. Então foram e o trouxeram. Então eu disse (ou seja, o mendigo, o surdo que contava tudo isso): "Ele é certamente o jardineiro (ou seja, esse que eles diziam anteriormente que ele era louco)". Sendo assim, eu tenho um certificado de lá que eu vivo uma boa vida, pois eu retifiquei o país (e através disso eles até mesmo encontraram jardineiro e eles viveram novamente uma boa vida, conforme mencionado). E agora eu vos presenteio como um presente minha boa vida. E lá se fez uma alegria muito grande e uma grande felicidade. E eles ficaram muito felizes. O primeiro lhes presenteou com uma longa vida, ou seja, viver muito tempo, e o outro lhes presenteou com uma boa vida, ou seja, viver bem. E assim todos os mendigos, todos eles foram para lá, para o casamento e lhes presentearam pelo discurso do casamento com a mesma benção que eles anteriormente os tinham abençoado, que eles fossem assim como eles. E agora eles os presentearam como um presente completo pelo discurso do casamento.

[Terceiro Dia][editar]

No terceiro dia, o noivo e a noiva novamente se recordaram e choraram e pediram: "Como trazer para cá o terceiro mendigo que era gago (ou seja, ele gaguejava ao falar)?" Nesse ele chegou e disse: "Eu estou aqui". E caiu sobre eles e lhes beijou e também lhes disse assim conforme mencionado acima. "Antes eu vos abençoei para que vocês fossem como eu e agora eu vos presenteio pelo vosso discurso de casamento para que vocês sejam assim como eu. Vocês pensam que eu sou gago, eu não sou nem um pouco gago, só que as conversas do mundo que não são elogios à D'-s Abençoado Seja Ele não possuem nenhuma perfeição (ou seja, por isso ele aparentava ser gago, que não podia falar, pois ele não queria falar nada, nenhuma palavra desse mundo, que não tinha nenhuma afeição à D'-s Seja Ele, pois as conversas que não possuem afeição à D'-s Abençoado Seja Ele, não possuem nenhuma perfeição, e por isso ele gaguejava ao falar). Só que na verdade eu não sou nem um pouco gago. Ao contrário. Eu falo parábolas, conversações. ou seja eu sou um orador, excepcional, uma grande novidade. E eu posso falar parábolas e cantos e poemas que são novidades espetaculares, de forma que quando eu começo a falar minhas parábolas com meus cantos e meus poemas não se encontra nenhuma criatura no mundo que não queira me ouvir (ou seja, não há nenhum ser no mundo que não queira ouvir seus cantos etc...). E existem neles (ou seja, nas parábolas, nos cantos que eu digo) todas as sabedorias.

E eu tenho um certificado disso do grande homem que é conhecido como o "Verdadeiro homem da benevolência". Pois certa vez todos os sábios se sentaram e cada um se vangloriou com sua sabedoria. Um se vangloriou que criou com sua sabedoria o ferro (ou seja, isso que se podia fazer o ferro da matéria que havia no mundo, isso ele criou no mundo), e o outro se vangloriou que ele produzira um outro tipo de metal (ou seja, um outro tipo de ferro, de outra qualidade etc ...), e esse se vangloriou que com sua sabedoria fizera a prata, e que isso era de grande importância (ou seja, isso que se podia fazer a prata isso ele havia criado), e o outro se vangloriou que criara que se podia fazer o ouro, e o outro se vangloriou que criara os instrumentos de guerra (ou seja, os instrumentos com que se fazem guerra ou seja canhões e similares, a sabedoria de fazer instrumentos isso ele havia criado), e esse se vangloriou que podia fazer o ferro não com os elementos que se faziam o ferro, e esse se vangloriou com outras sabeois existem muitas coisas no mundo que se criou através de sabedorias, ou seja, salitre, a pólvora e similares, e cada um se vangloriou com sua sabedoria. Então um deles se pronunciou lá e disse: "Eu sou mais inteligente que vocês. Pois eu sou sábio como o dia". Então lá não se entendeu o que ele dizia, que ele era sábio como o dia. Então ele lhes disse: "Pois todas as vossas sabedorias podem ser juntadas e não vai se juntar delas nem mesmo uma hora, apesar de que cada sabedoria foi retirada de um dia diferente, de acordo com a criação que ocorrera em cada dia, pois todas as sabedorias são combinações (ou seja, se misturam cada coisa uma com a outra e assim se forma essa coisa, e através disso pega-se cada sabedoria desse dia. Pois nesse dia D'-s Criou as coisas das quais se pegam a matéria e se misturam com sabedoria e se formam essa coisa que se quer fazer, prata, cobre e assim por diante).

Entretanto, pode-se com sabedoria se reunir todas essas sabedorias e não vai se chegar senão a uma hora. Porém eu sou sábio como um dia completo". (Assim se vangloriou esse último sábio, conforme mencionado). Então eu falei para ele (ou seja, o gago que contava tudo isso): "Como que dia você é (ou seja, como que dia você é sábio)?" E ele respondeu: "Esse é mais sábio do que eu, pois ele perguntou "como que dia", entretanto como que dia vocês quizerem assim eu sou sábio". No entanto por que ele é mais inteligente por ter perguntado "Como que dia?" Afinal, esse sábio era sábio como cada dia que ele quizesse! Sobre isso existe uma estória completa. Pois o "Verdadeiro homem da benevolência" é um grande homem e eu (ou seja, o gago contava tudo isso) vou e reúno todas as benevolências de verdade e as levo até o "Verdadeiro homem da benevolência". E a principal existência do tempo (ou seja, que haja um tempo, pois o tempo por si só, ou seja, que haja o ano e o dia no mundo, isso por si só é uma Criação de D'-s Abençoado Seja Ele) é apenas através das verdadeiras benevolências. E eu vou e reúno todas as benevolências de verdade e as levo até o "Verdadeiro homem da benevolência", e através disso se cria o tempo.

E existe uma montanha e sobre a montanha existe uma rocha e dela flui uma Fonte e cada coisa tem um coração e o mundo como todo também tem um coração e o Coração do mundo tem uma forma completa, com rosto e com mãos e pernas etc..., porém a unha do pé do Coração do mundo é mais "coração" do que qualquer outro coração. E a montanha com a Fonte se situa em um extremo do mundo e o Coração do mundo se situa no outro extremo do mundo e o Coração se situa contra a Fonte e ambiciona e deseja muito sempre de chegar até a Fonte. E a ambição e o desejo do Coração para a Fonte é extraordinária e ele grita sempre, o Coração, para chegar até a Fonte. E a Fonte também ambiciona pelo Coração. E o Coração tem duas fraquezas (ou seja, duas debilidades): uma pois o sol muito o irradia e o queima (pois ele ambiciona muito e quer chegar à Fonte) e a outra fraqueza que o Coração tem é devido à ambição e ao desejo que o Coração ambiciona e deseja constantemente e se dirige todo até a Fonte e grita para chegar até a Fonte, conforme mencionado, pois o Coração se situa contra a Fonte e grita: "Que lástima!" E ambiciona tanto e tanto pela Fonte, conforme mencionado, e quando o Coração precisa descansar um pouco para se recuperar um pouco, então vem um grande pássaro e estende suas asas sobre ele e o protege do sol. Nesse tempo o Coração descansa um pouco e mesmo nesse tempo em que ele descansa um pouco ele olha em direção à Fonte e deseja muito a Fonte. No entanto, uma vez que ele ambiciona tanto assim pela Fonte, por que então ele não vai até a Fonte? Entretanto, logo que o Coração quer se aproximar da montanha onde está a Fonte, então ele já não vê o topo e então ele não vê a Fonte logo que ele não vê a Fonte ele se extermina, pois toda a vida do Coração, é apenas da Fonte e quando ele se situa contra a montanha ele vê o topo da montanha onde lá está a Fonte. Porém, logo que ele quer ir até a montanha ele já não vê o topo (pois assim ocorre em relação a uma grande montanha que quando nos colocamos longe dela vemos o topo e quando nos aproximamos já não vemos mais o topo) e então ele já não pode ver a Fonte e então ele pode, D'-s nos Livre, se exterminar, e então todo o mundo se extermina, pois o coração é a vitalidade de cada coisa e como pode o mundo ter uma existência sem o Coração? E por isso o Coração não pode ir até a a Fonte, ele somente fica sempre contra a Fonte e a deseja e grita sempre para chegar até a Fonte, conforme mencionado.

E a Fonte não possui nenhum tempo, pois a Fonte não está completamente no tempo (ou seja, a Fonte não tem nenhum tempo ou seja, ela não tem nenhum dia e nenhum tempo no mundo, pois ela está além do tempo do mundo). No entanto, como pode a Fonte estar dentro do mundo? (Pois no mundo nenhuma coisa pode ficar sem um tempo). Entretanto, todo o tempo da Fonte é apenas o que Coração presenteia a Fonte um "dia" como presente. E quando o dia já quer terminar e assim que o dia se for então a Fonte já não vai ter mais nenhum tempo, e então a Fonte vai sair do mundo, e se a Fonte não estiver mais então o Coração também se exterminará, D'-s nos Livre, D'-s nos Livre todo o mundo se anulará, conforme mencionado. Então, assim que se aproxima o final do dia, então eles começam a se despedir um do outro, o Coração com a Fonte, e eles começam a dizer parábolas e cantos e poemas um ao outro, muito belas parábolas e poemas com grande amor e com muito grande desejo um para o outro, o Coração para a Fonte e a Fonte para o Coração. E o "Verdadeiro homem da benevolência" tem a supervisão disso e ele observa isso cuidadosamente, e assim que o dia vai chegando ao final, quando vai terminando (quando logo que o dia terminar a Fonte já não vai ter mais nenhum dia, conforme mencionado, e então ela irá embora e assim, D'-s nos Livre o Coração se exterminará e D'-s nos Livre todo o mundo se destroirá), então o "Verdadeiro homem da benevolência" presenteia o Coração com um dia e o Coração presenteia esse dia à Fonte e assim novamente a Fonte já tem um tempo (ou seja, nesse dia a Fonte já poderá estar novamente presente e o Coração também pode então existir etc…). E quando o dia vem do lugar que levem então o dia também vem com parábolas e extraordinários cantos que possuem todas as sabedorias. E existem diferenças entre os dias, pois existem o primeiro dia da semana, o segundo dia da semana etc… e assim existem o começo do mês e os feriados (ou seja, de acordo com o dia que vem então vêm determinados cantos).

E todo o tempo que o "Verdadeiro homem da benevolência" possui, todo ele vem por mim (ou seja, através do gago que contava pois eu vou e reúno todas as tudo isso), verdadeiras benevolências das quais se cria o tempo, conforme descrito. (E através disso o gago é mais sábio até mesmo do que sábio que se vangloriava que era sábio como qualquer dia que se quizesse pois todo o tempo com os dias eram todos criados através dele, e o dia vinha com cantos e parábolas em que neles se encontram todas as sabedorias etc..., conforme mencionado). Sendo assim eis que eu tenho um certificado do "Verdadeiro homem da benevolência" de que eu posso declarar parábolas e cantos em que neles se encontram todas as sabedorias (pois todo o dia com as parábolas e cantos vinham todos através dele, conforme mencionado). E agora eu vos presenteio como presente completo pelo vosso discurso de casamento para que vocês sejam assim com eu. E lá se fez uma alegria muito grande uma grande felicidade. E eles fizeram uma comemoração.

[Quarto Dia][editar]

Quando eles terminaram a festividade desse dia, eles depois foram dormir e de eles novamente se recordaram e desejaram etc... pelo mendigo que tinha o pescoço torto, e nesse interim ele entrou e disse: "Eu estou aqui, etc...". No começo eu vos abençoei para que vocês fossem como eu e agora eu vos presenteio pelo vosso discurso de casamento, que vocês sejam assim como eu. Vocês pensam que eu tenho o pescoço torto? Eu não tenho nenhum pescoço torto, pelo contrário eu tenho um pescoço muito reto, um pescoço bonito só que existem futilidades no mundo (ou seja, bobagens do mundo) e eu não quero deixar nenhum sopro de ar dentro desse mundo (e por isso ele parecia ter o pescoço torto, pois ele desviava o pescoço das futilidades do mundo e ele não queria deixar nenhum sopro de ar dentro desse mundo), porém na verdade, eu tenho um pescoço muito bonito, um pescoço extraordinário, pois eu tenho uma voz extraordinária e todos os sons que existem no mundo que são apenas sons, sem palavras eu posso reproduzí-los a todos com minha voz, pois eu tenho um pescoço e uma voz extraordinários e eu tenho um certificado disso desse país. Pois existe um país em que todos sabem muito bem a sabedoria da música (ou seja, a sabedoria de tocar e cantar, e lá eles todos se ocupam com essa sabedoria, até mesmo pequenas crianças. Não se encontra lá nem mesmo uma criança que não saiba tocar algum instrumento musical. E o menor desse país é o maior sábio em um outro país na sabedoria da música. E os sábios e o rei do país e os ministros eles são sábios extraordinários nessa sabedoria. Certa vez os sábios desse país se sentaram juntos e cada um deles se vangloriou de sua sabedoria na música. Esse se vangloriou que podia tocar esse instrumento musical, e esse se vangloriou que podia tocar esse instrumento musical e esse se vangloriou com esse instrumento musical e esse vangloriou que podia tocar vários instrumentos musicais e esse se vangloriou que podia tocar todos instrumentos musicais e esse se vangloriou que podia reproduzir com sua voz assim como determinado instrumento musical e esse se vangloriou que podia reproduzir com sua voz assim como esse instrumento musical e esse se vangloriou que podia reproduzir com sua voz vários instrumentos musicais e esse se vangloriou que podia reproduzir com sua voz exatamente como um tambor assim como se estivessem batendo em tambor, e esse se vangloriou que podia reproduzir com sua voz assim como se estivessem atirando de um canhão. E eu estava lá também (ou seja, esse que tinha o pescoço torto que contava tudo isso). Então eu respondi e lhes disse: "Minha voz é melhor do que vossas vozes, e a prova disso é de que se vocês são tão sábios na música, então ajudem a esses dois países. Pois existem dois países e os dois países estão afastados um do outro mil milhas e lá nesses dois países quando chega a noite não se pode dormir, pois quando se faz noite então eles todos começam a gemer com gemidos, homens mulheres e crianças. Pois à noite, se ouve lá um grande gemido (ou seja, um som altíssimo de gemido) e por isso eles precisam todos lá começar a gemer, homens com esposas e filhos pequenos. Se uma pedra for colocada lá ela então amolece. E assim eles costumam fazer nesses dois países. Pois no país se ouve esse som de gemido e eles precisam todos então gemer, conforme mencionado. E assim no outro país, também é assim. E um país está afastado do outro mil milhas. Portanto se vocês são tão sábios na música (ou seja, vocês podem tocar e cantar), então salvem esses dois países, ou senão pelo menos reproduzam esse gemido (ou seja, esse som de gemido que se ouve lá, reproduzam-no). Então eles lhe disseram: "Você nos leva para lá?" E eu lhes disse: "Sim, eu vos levo lá". Então eles todos começaram a ir para lá. Então eles foram chegaram até lá (ou seja, até um dos países mencionados acima). Assim que chegou a noite, ocorreu assim como sempre, eles começaram a gemer e os sábios também gemeram (então eles já viram que eles não poderiam ajudá-los). Então eu lhes disse (ou seja, esse que tinha o pescoço torto disse para os sábios, mencionados acima): "De qualquer maneira, digam-me de onde vem esse gemido que se ouve lá, de onde vem essa voz?" Então eles lhe disseram: "E você sabe?" Então ele respondeu: "Eu sei, sim. Pois existem dois pássaros, um macho e uma fêmea e eles são o único par dessa espécie no mundo. E a fêmea se perdeu e ele a procura e ela a procura e eles se procuram há muito tempo um pelo outro até que eles se perderam e eles viram que eles já não podiam achar um ao outro, então eles permaneceram onde estavam e eles fizeram ninhos para si. O macho fez o ninho para si perto de um dos dois países mas não exatamente do lado, mas em relação à voz do pássaro é considerado perto pois desse local onde ele fez o ninho já se pode de lá ouvir a sua voz no país. E assim ela também fez para si um ninho perto do outro país (ou seja, também não exatamente do lado mas de forma que de lá já se pode ouvir a sua voz lá). E quando chega a noite então o casal de pássaros começa a gemer, pois ele geme por ela e ela geme por ele. E eles gemem com um grande som de gemido e esse é o som de gemido que se ouve nesses dois países, que por causa desse som eles todos precisam gemer lá e não podem dormir". (Assim esse de pescoço torto contou a todos) . Entretanto eles não queriam acreditar nele e lhe perguntaram: "Você nos leva até lá?" (Ou seja, até os pássaros). E ele disse: "Sim, eu posso levá-los para lá, só que como é que vocês podem chegar até lá? Pois aqui vocês não conseguiram suportar esse som de gemido e vocês todos precisaram gemer. Quando então vocês chegarem lá vocês já não vão poder suportar nem um pouco esse som de gemido. E de dia não se pode suportar a alegria que tem lá, pois de dia chegam até lá pássaros para cada um do casal, ou seja, para ele e para ela, e eles os consolam que eles ainda vão se encontrar um ao outro e eles os fazem muito felizes até que de dia não se pode suportar a alegria que há lá. E essa voz de alegria não se ouve de longe, apenas quando se chega lá. Porém o som do gemido esse se ouve de longe e não se pode então chegar até lá". Então eles lhe disseram: "Você pode consertar isso?" E ele respondeu: "Sim, eu posso consertar isso, pois eu posso reproduzir todas as vozes do mundo e mais ainda eu posso enviar vozes, ou seja, eu posso enviar uma voz de forma que de lá onde eu envio a voz não se ouve a voz completamente, apenas longe de lá se ouve a voz e portanto eu posso enviar a voz dela para ele, ou seja, a voz que eu fizer que chegue perto do local onde ele está assim eu posso enviar a voz dele para que chegue perto dela. E através disso eu vou os aproximando (até que eu os trago juntos). Porém, quem acreditará nisso?" Então ele foi e os comduziu para dentro de uma floresta e eles ouviram assim como alguém que abre uma porta e a fecha novamente e dá uma batida com o trinco e atiram com uma arma e enviam o cachorro para pegar a presa e o cachorro se esforçava através da neve. Isso tudo eles ouviram e eles o olharam e eles não viram nada e dele eles também não ouviram nenhuma voz. (Só que ele, ou seja, o de pescoço torto enviara essas vozes. Então eles viram que ele podia reproduzir todas as vozes e que ele podia enviar vozes). (E mais o Rebbe não contou e fica-se entendido que ele omitiu uma parte aqui) . Sendo assim eu tenho um certificado do país de que eu tenho uma voz extraordinária e que eu posso reproduzir todas as vozes do mundo. E agora eu vos presenteio com isso como um presente completo pelo vosso discurso de casamento para que vocês possam ser como eu. E lá se fez uma grande alegria e uma grande felicidade.


=[Quinto Dia][editar]

No quinto dia eles também estavam felizes e eles se recordaram do mendigo que era corcunda e eles muito pediram: "Como se traz para cá o mendigo, o corcunda? Pois se ele estiver aqui nós ficaremos muito felizes". E eis que ele veio e disse: "Eu estou aqui! Eu vim para o casamento". E ele caiu sobre eles e os abraçou e os beijou e lhes disse: "No começo eu vos abençoei para que vocês fossem como eu e agora eu vos presenteio pelo vosso discurso de casamento, que vocês sejam como eu. E eu não sou nem um pouco corcunda, ao contrário, eu tenho ombros assim que eles são "O pouco que carrega muito", e eu tenho um certificado disso. Pois certa vez houve uma discussão onde pessoas se vangloriavam sobre esse assunto, cada um se vangloriava que possuía a qualidade de "O pouco que carrega muito" (ou seja, um pequeno local que tem muito). De um deles, eles riram e os outros que se vangloriavam disso, dessa qualidade do "pouco que carrega muito", lhes agradaram. Só que o meu "pouco que carrega muito" é maior do que o deles todos.

Pois um deles se vangloriou que o seu cérebro era um "pouco que carrega muito" pois ele carregava em seu cérebro milhares e dezenas dilhares de pessoas com todas as suas necessidades e todos os seus costumes e todas as suas experiências e movimentos. Ele carregava tudo isso, tudo em seu cérebro, e ele era um "pouco que carrega muito" pois um pedacinho do cérebro carregava tantas pessoas com todas as suas coisas etc... e eles riram dele. E eles disseram para ele: "Você não é nada e suas pessoas não são nada". Então um deles respondeu e disse: "Eu vi um "pouco que carrega muito". Pois certa vez eu fui até uma montanha e eu vi que tinha sobre a montanha uma grande quantidade de lixo e fezes e isso foi para mim uma novidade, de onde vinha até a montanha tanta quantidade de lixo e fezes? E lá havia um homem perto da montanha e o homem então disse: "Isso tudo vem de mim" Pois ele sentava lá perto da montanha e jogava tudo na montanha, lixo sobras das comidas e bebidas dele, e assim era dele essa quantidade enorme de lixo e fezes sobre a montanha. Sendo assim esse homem é um "pouco que carrega muito", pois de um só homem se fez tanta quantidade de fezes. E assim é esse também (ou seja, assim é o "pouco que carrega muito" desse que se vangloriava que carregava em seu cérebro tanta quantidade de pessoas etc...)". Um se vangloriou que tinha a qualidade do "pouco que carrega muito" pois ele tinha um pedaço de país que dava muita quantidade de frutas. Mais tarde, quando se calculam as frutas que o país produz se verifica que o país não possui uma quantidade de terra assim que suporte tantas frutas, pois não há tanto lugar assim no país para comportar tantas frutas. Sendo assim isso é um "pouco que carrega muito" (ou seja, um pequeno local carrega tanto assim).

E as suas palavras lhes agradou, pois isso era certamente um "pouco que carrega muito". Um disse, que ele tinha um pomar (ou seja, jardim), muito incrível e que lá tinha frutas etc... e que vinham para lá muitas pessoas e oficiais pois é um pomar muito bonito. E quando chega o verão viajam para lá muitas pessoas e oficiais para passear lá e na verdade lá no jardim não há tanto local assim que possa absorver tantas pessoas assim. E ele é então um "pouco que carrega muito". E isso também lhes agradou. Um disse que suas palavras eram um "pouco que carrega muito" pois ele era um secretário de um grande rei e que vinham até esse rei muitas pessoas. Esses vinham com elogios para o rei (ou seja, eles diziam cada um um elogio ao rei), esses vinham com pedidos ao rei e assim por diante. E o rei certamente não pode ouvir tudo isso. Então eu reúno todas as suas palavras em algumas palavras e eu conto então para o rei apenas essas poucas palavras nas quais estão incluídos todos os elogios, todos os pedidos deles e todas as suas conversas, tudo isso vêm através das minhas palavras que eu conto para o rei. Sendo assim as minhas palavras são um "pouco que carrega muito". Um disse que o seu silêncio (ou seja, quando ele fica calado) é um "pouco que carrega muito". Pois ele tem contra ele muitos acusadores e pessoas que falam maldades, e que falam muito dele, pois o acusam muito e falam muito dele e sobre o que o denunciam e sobre o que o acusam e sobre o que dizem dele ele fica calado e essa é a resposta para todas as dúvidas e todas as calúnias que falam sobre ele. E apenas com o seu silêncio ele responde à tudo. Sendo assim, seu silêncio é um "pouco que carrega muito". Um disse que ele era um "pouco que carrega muito", pois existe um pobre e esse pobre não tem visão e ele é muito grande, e ele é muito pequeno e ele guia o grande pobre que não tem visão.

Sendo assim ele é um "pouco que carrega muito" pois o que não tem visão pode escorregar e cair e ele o segura através do fato de que o guia. Por isso ele é um "pouco que carrega muito", pois ele é um pequeno homem e ele segura esse grande homem que não tem visão. E eu também estava lá (ou seja, o corcunda que contava tudo isso) e eu disse: "É verdade que vocês possuem a qualidade do "pouco que carrega muito" e eu sei o que vocês todos intencionaram (ou seja, todos eles os quais cada um se vangloriou com o seu "pouco que carrega muito", ele sabia o que cada um queria dizer) e até mesmo o último, que se vangloriou que guia o grande homem que não tem visão. E ele é superior a todos vocês, porém eu sou ainda superior a todos vocês, pois esse que se vangloriou que dirige o grande homem que não tem visão, quiz dizer que ele dirige o ciclo da lua (ou seja, o caminho onde a lua está), pois a lua se chama "Sem Luz", pois ela não brilha por si só etc... E ele guia a lua apesar de ele ser pequeno e o ciclo da lua ser muito grande e isso é o que mantém existente todo o mundo (ou seja, através disso todo o mundo tem existência), pois o mundo precisa da lua. Sendo assim, esse é certamente un verdadeiro "pouco que carrega muito". No entanto o meu "pouco que carrega muito" é superior a todos e prova é que certa vez havia um grupo que pesquizava sobre o fato de que cada animal tem a sua sombra específica. Pois cada animal escolhe para si uma sombra e justamente nessa sombra ele quer ficar. E assim cada pássaro tem o seu galho onde justamente nesse galho ele quer permanecer e em nenhum outro galho.

E esse outro pássaro tem um outro galho onde apenas lá ele permanece e não em outro galho, e assim cada pássaro todos eles tem o seu galho específico. E por isso o grupo pesquisava se podia se encontrar uma árvore assim que em sua sombra permanecessem todos os animais, que todos os animais quizessem ficar na sombra dessa árvore e nos galhos dessa árvore ficariam todos os pássaros. Eles pesquisaram e descobriram uma árvore assim. E eles quizeram ir até essa árvore pois o prazer que se tem lá nessa árvore não tem nenhuma medida. Pois lá se encontram todos os animais com todos os pássaros e lá não se tem nenhum dano de nenhum animal (ou seja, nenhum animal lá machuca alguém) e todos os animais lá estão misturados, eles todos brincam lá e se tem certamente um grande prazer de estar lá perto da árvore. Então eles começaram a pesquisar em que direção eles deveriam ir para chegar até a árvore. E entre eles houve uma discussão sobre esse assunto e não houve entre eles nenhuma pessoa que decidisse. Pois esse dizia que precisava-se ir para esse lado, para o leste e esse dizia que precisava-se ir para o lado oeste e esse dizia para lá e esse dizia para cá até que eles não podiam saber o verdadeiro caminho para onde eles deveriam se dirigir para chegar até a árvore.

Então veio um sábio e lhes disse: "Por que vocês estão pesquizando em que direção se deve ir até a árvore? Pesquisem antes quais as pessoas que poderão chegar até essa árvore, pois até essa árvore não é qualquer um que pode chegar, pois até essa árvore só pode chegar esse que tiver as qualidades dessa árvore. Pois a árvore tem três raízes. Uma raiz é a "fé" (que se acredite em D'-s Abençoado Seja Ele), e a outra raíz é o "temor" e a terceira raíz é a "humildade" (ou seja, que se considere nada para si) e a "verdade" é o corpo da árvore, ou seja a árvore mesma é a "verdade" e de lá se estendem os galhos. Por isso ninguém pode chegar até essa árvore exceto esse que possui em si as qualidades dessa árvore (ou seja, fé, que acreditasse em D'-s, e temor, que possuísse temor de D'-s e humildade, que se considerasse como nada, e verdade) ". (Assim disse o sábio para o grupo). O grupo, nem todos tinham essas qualidades, apenas uma parte deles possuía essas qualidades acima mencionadas. E entre eles havia uma grande união (ou seja, no grupo todos se gostavam e um era muito ligado com o outro) e eles não queriam se superar um ao outro. Que uma parte sim fosse até a árvore (ou seja, esses que já possuíam essas qualidades da árvore) e o restante permanecesse, isso eles não queriam, pois eles eram muito ligados entre si. Sendo assim precisariam esperar até que todos se esforçassem para possuir essas qualidades para que eles todos pudessem chegar até a árvore.

E assim eles fizeram e eles sesforçaram até que eles todos atingiram essas qualidades, acima mencionadas. (Ou seja, eles todos esperaram uns pelos outros até que todos sesforçaram e então todos eles obtiveram essas qualidades, acima mencionadas, ou seja eles todos já tinham fé temor etc..., conforme mencionado). Assim que todos eles obtiveram as qualidades, então eles todos já chegaram a uma opinião e eles todos concordaram com um caminho, que através desse caminho deveriam ir até a árvore. E eles então foram todos. Eles foram um tempo até que eles já avistaram a árvore de longe. Nesse interim eles deram uma olhada e eis que a árvore não estava colocada em nenhum local, pois a árvore não tinha nenhum local. E desde que ela não tem nenhum local como é que nós podemos chegar até ela? E eu (ou seja, o corcunda que contava tudo isso) também estava com eles lá e lhes disse: "Eu posso levá-los até a árvore. Pois a árvore não tem nenhum local, pois a árvore está acima do espaço (ou seja, ela está além do espaço do mundo, ela não tem nenhum local) e a qualidade do "pouco que carrega muito" ainda está dentro do espaço, pois apesar de tudo é um "pouco que carrega muito", ou seja um pouco de espaço carrega muito mais do que o espaço pode abrigar. Por essa razão ele ainda está no espaço pois ele ocupa pelo menos algum local. E eu (ou seja, o corcunda) tenho um "pouco que carrega muito" assim, que esse "pouco que carrega muito" já está no limite do espaço e de lá em diante já não existe mais nenhum espaço, e por isso eu posso levá-los a todos até a árvore que está além do espaço (pois corcunda é assim como um intermediário, ou seja, uma ligação entre o espaço e entre o "além do espaço" pois ele é um "pouco que carrega muito" assim que está no limite do espaço, que dali em diante já não existe mais nenhum espaço, e por isso o corcunda podia os levar do espaço e os trazer até "além do espaço"). Então eu os levei e os trouxe até a árvore. Sendo assim eu tenho um certificado que eu tenho uma qualidade tal do "pouco que carrega muito" (e por isso ele parecia como um corcunda pois ele carregava sobre si muito, pois ele era um "pouco que carrega muito").

E agora eu vos presenteio pelo vosso discurso de casamento, como presente para que vocês sejam assim como eu". E lá se fez uma grande alegria e uma grande felicidade.

[Sexto Dia][editar]

No sexto dia eles também estavam alegres e eles também pediram: "Como trazer para cá esse que não tinha mãos?" Nesse ínterim ele veio e disse: "Eu estou aqui, eu vim para o casamento". E também lhes disse assim como os outros, e caiu sobre eles e os beijou e lhes disse: "Vocês pensam que eu sou aleijado das mãos? Eu não sou nenhum aleijado das mãos eu tenho sim força nas mãos só que eu não utilizo da força das minhas mãos nesse mundo, pois eu preciso da força para algo diferente e eu tenho para isso um certificado do "Castelo de Água". Pois certa vez nos sentamos juntos, algumas pessoas e cada um se vangloriou da força que tinha nas mãos. Esse se vangloriou que tinha uma grande força na mão e esse se vangloriou que tinha uma grande força na mão e assim cada um se vangloriou com a força que tinha na mão, ou seja, cada um se vangloriou que tinha uma força tal e um poder nas mãos tal que quando ele lançava uma flecha ele ainda poderia conduzí-la e então poderia trazer a flecha novamente de volta para si. Então eu lhe perguntei (ou seja, esse que não tinha mãos que contava tudo isso): "Que tipo de flecha você pode trazer de volta?" Pois existem dez tipos de flechas, pois existem dez tipos de venenos pois quando se quer lançar uma flecha unge-se ela com um veneno e existem dez tipos de venenos e quando se unge a flecha com esse veneno então a flecha danifica dessa forma e quando se unge a flecha com outro veneno ela então danifica mais ainda e assim existem dez tipos de venenos e cada veneno é pior, ou seja ele danifica mais.

E então ele lhe perguntou: "Que tipo de flecha você pode trazer de volta?" Depois ele lhe perguntou se antes de que a flecha atigisse o alvo, ele poderia trazê-la de volta e se mesmo depois que a flecha já atingisse o alvo ele poderia trazê-la de volta. Em relação a isso o outro respondeu que até mesmo quando a flecha já atinge o alvo ele a poderia trazer de volta. "Porém que tipo de flecha você pode trazer de volta?" E ele respondeu: "Esse tipo eu posso trazer de volta". Então eu disse para ele (ou seja, esse que não tinha as mãos que contava tudo isso): "Você não pode curar a filha da raínha, pois você não pode trazer de volta senão um tipo de flecha, portanto você não pode curar a filha da raínha" Um se vangloriou que tinha um poder tal nas mãos de que daquele que ele pega ele dá (ou seja, no mesmo ato que ele recebe de alguém algo nesse mesmo ato ele lhe dá) e sendo assim ele é uma pessoa que dá caridade. Então eu lhe perguntei: "Que tipo de caridade você dá?" E ele respondeu que dava o dízimo. Então eu lhe disse: "Se é assim, você não pode curar a filha do rei, pois você não pode de forma alguma chegar até o seu local (pois você só dá o dízimo), pois você só pode entrar em uma muralha (lá onde a filha da raínha se encontra), e por isso você não pode chegar ao seu local". Um se vangloriou que tinha um tal poder em suas mãos, pois existem oficiais no mundo (ou seja, pessoas que são supervisores de uma cidade ou de um país etc...) e cada um deles precisava de sabedoria. "

E eu tenho um poder nas mãos de que com minhas mãos eu posso lhes dar sabedoria, com isso que eu coloco minhas mãos sobre eles". Então eu lhe perguntei: "Que sabedoria você pode lhes dar com suas mãos? Existem dez medidas ("Kav") de sabedoria (ou seja, dez tipos de sabedorias) ". E ele respondeu: "Essa sabedoria eu posso dar". Então eu lhe falei: "Você não pode curar a filha da raínha, pois você não pode saber nem mesmo o pulso dela, pois existem dez tipos de pulsos e você só pode saber um tipo de pulso pois você só sabe dar uma sabedoria com suas mãos". Um se vangloriou que tinha um poder tal nas mãos que quando tem uma tempestade (ou seja, um vento tempestuoso) ele pode deter o vento tempestuoso com suas mãos. Ele pode segurar o vento tempestuoso com suas mãos e o deter e depois ele pode com suas mãos torná-lo um vento com medida para que seja um vento assim como se precisa, com determinada medida. Então eu lhe perguntei: "Que tipo de vento você pode pegar com suas mãos? Existem dez tipos de ventos". Ele então respondeu: "Esse vento". Então eu lhe disse: "Você não pode curar a filha da raínha pois você não pode nem tocar para ela, pois existem dez tipos de melodias e a cura da filha da raínha é através das melodias e você só pode tocar para ela uma melodia". Então eles lhe perguntaram: "O que você sabe?" E ele respondeu: "Eu sei o que vocês todos não sabem, ou seja, todas as nove partes de cada coisa de que cada um de vocês se vangloriou. O que vocês não podem... eu sim posso. Pois existe um conto, pois certa vez um rei desejou uma filha de uma raínha e ele então se esforçou e fez estratégias para pegá- la, até que ele a pegou. E ela então ficou com ele. Certa vez o rei sonhou que a filha da raínha se posicionou contra ele e o matou.

E então ele acordou. E o sonho lhe entrou muito no coração. Então ele chamou todos os intérpretes de sonhos (ou seja, esses que podem entender os sonhos) eles lhe interpretaram conforme o seu significado mais simples, que o sonho se realizaria segundo o seu significado simples, de que ela o mataria. Então o rei não podia se dar nenhum conselho do que fazer com ela. Matá-la o faria sofrer, enviá-la dele isso o irritaria muito pois um outro a tomaria e isso o irritaria muito pois ele tanto se esforçara por ela e agora ela iria para um outro e sendo assim se ele a enviasse e ela fosse para um outro, certamente o sonho poderia se realizar, de que ela o mataria, pois ela estaria com outro. Mantê-la com ele, ele temia pelo sonho, pois talvez ela o matasse. Então rei não sabia o que fazer. Nesse ínterim o amor que ele tinha por ela ia pouco a pouco se acabando por causa do sonho (ou seja, ele já não a amava assim como antes) e cada vez mais o amor ia se acabando. E assim com ela também o amor ia terminando cada vez mais até que ela passou a ter ódio dele. Então ela fugiu dele. E o rei enviou para que a procurassem. E chegaram a ele e lhe disseram que ela se encontrava no Castelo de Água, pois existe um Castelo de Água e lá existem dez muros um mais interno do que o outro e todos os dez muros são todos de água e o piso do Castelo, onde se caminha sobre ele também é de água e assim o jardim com as árvores e os frutos são todos de água, e a beleza do Castelo e a novidade que ele era não se podia expressar, pois era certamente uma novidade extraordinária, pois todo o Castelo era de água. Entrar no Castelo certamente não se podia pois se afogaria, pois todo o Castelo é de água. E a filha do rei que tinha fugido chegou até Castelo de Água e ela caminhava lá ao redor do Castelo de Água. E disseram ao rei que ela caminhava lá ao redor do Castelo de Água. Então o rei foi com seus soldados para capturá-la.

Assim que a filha da raínha viu isso (que o rei com seus soldados a queriam capturar) então ela pensou consigo mesmo que ela pularia para dentro do Castelo, pois ela preferia se afogar do que ser capturada pelo rei e ficar com ele. E talvez ela se salvasse e ela poderia entrar no Castelo de Água. Assim que o rei viu isso, que ela corria em direção da água, então ele disse: "Já que é assim…", e então ele ordenou que atirassem nela e se ela morresse, então morresse. Então atiraram nela. E atingíram ela todos os dez tipos de flechas que estavam ungidas com os dez tipos de venenos e ela, a filha da raínha, se jogou no Castelo de água e ela penetrou nele e ela passou por todos os portões das muralhas de água, pois lá existem portões nas muralhas de água, e ela passou por todos os portões de todas as dez muralhas do Castelo de Água até que ela penetrou dentro do Castelo de Água e ela lá caiu e permaneceu lá enfraquecida. E eu a curo (ou seja, esse que não tinha as mãos, que contava tudo isso). Pois esse que não tinha em suas mãos todos os dez tipos de caridade esse não poderia entrar em todas as dez muralhas do Castelo de Água pois ele se afogaria na água. E o rei com seus soldados eles ainda perseguiram a filha da raínha eles todos se afogaram na água. E eu posso entrar em todas as dez muralhas e os ventos eles sustentam as ondas do mar e eles elevam as ondas do mar. E as ondas, que são as dez muralhas, elas permanecem lá sempre, só que os ventos eles sustentam as ondas e elevam as ondas.

E eu posso entrar em todas as dez muralhas do Castelo de Água e eu posso tirar dela (ou seja, da filha da raínha) todos os dez tipos de flechas, e eu sei todos os dez tipos de pulsações através dos dez dedos, pois através de cada dedo dos dez dedos pode-se saber uma pulsação específica dentre os dez tipos de pulsações. E eu posso curar a filha da raínha através de todos os dez tipos de melodias (pois a sua cura é através da melodia, conforme mencionado). Sendo assim eu sim curo a filha da raínha. Sendo assim eu tenho um tal poder nas mãos. E agora eu vos presenteio isso como um presente". E lá se fez uma muito grande alegria e eles ficaram muito muito felizes. "Esse conto me é muito difícil de contar. Só que, já que eu já comecei a contá-lo então eu já preciso terminar. No conto não há nenhuma palavra que não tenha alguma intenção, e quem é especialista e estudioso dos livros pode entender algo, algumas insinuações. E as flechas que eles se vangloriavam que podiam trazê-las de volta isso se encontra no verso (Deut. 32:42) etc... E a caridade que corresponde às muralhas de água isso se encontra no verso (Isaias 48:18) "E a Tua Justica como as ondas do mar". E os dez tipos de pulsações e os dez tipos de melodias isso se encontra no Zohar. Só que quem e quando e o quê… (mais ele não disse, ou seja, quem são todos eles e o quê significa isso e quando foi que isso aconteceu. Isso não se pode saber).

[Desfecho][editar]

O final do conto, ou seja o que ocorreu no sétimo dia com o mendigo que não tinha pernas e o final do filho do rei sobre quem ele começou o conto isso ele não contou.


[Notas Seguintes à Estória][editar]

E ele disse que ele já não iria mais contar e que já não se ouviria mais sobre isso até a vinda do Messias que sem breve em nosso tempo, Amén. Isso ele também contou: "Se eu não soubesse nada exceto esse conto eu já seria uma novidade extraordinária, pois o conto é uma novidade maravilhosa e contém nele muitos ensinamentos e muita sabedoria da Torá, pois no conto existem muitos ensinamentos e ele conta sobre sábios antigos, do rei David que esteja em paz. Pois o rei David estava em uma extremidade do mundo e gritava para a Fonte que saía da rocha que estava sobre a montanha, conforme mencionado. Assim como está escrito nos Salmos (61:2) "Desde os confins da terra clamo por Ti no abatimento do meu coração, Leva-me para a rocha que é alta demais para mim". O assunto do rei David está aludido no terceiro dia pois lá se fala do coração e da Fonte.

No conto se encontram muitos grandes segredos da Torá, do começo ao fim. Todos os contos do livro são grandes segredos da Torá, cada palavra e cada coisa significa algo e esse conto é superior a todos.


[Rabbi Nachman said:] This story is very hard for me to tell, but because I've already begun telling it, now I have to finish it. [But he did not actually finish telling it.] In this story there is not one word that will be void of meaning, and whoever is adept and versed in sefarim [mystical Judaic texts] can at least understand some of the hints. And the arrows — of which that [character] boasted he could pull back arrows — this is found in the verse, "[Im shanothi beraq charbi/ If I have twofold [unleashed] My sword [like] lightning {i.e. as lightning flashes from one end of the sky across to the other end, against My people in retribution}, wethochez bemishpat yadi/ My hand will yet have hold on [strict] justice..." [Deut. 32:41], and as Rashi explains, "Flesh and blood shoots an arrow and cannot retrieve it, but the Holy One, Blessed be He, shoots an arrow and does have the ability to retrieve it [as if He were holding them in His hand]." And the charity which safeguards against the walls of water — this is also found in a verse: "[Lu hikshavta lemitzvothai; wayhi kanahar shelomekha/ If you would listen to My commandments then your peace would be as a river] wetzidkathekha kegalei hayam/ and your charity (righteousness) as the waves of the sea." [Isa., 48:18]. And the wind — his grasping it in is hands — this is found in, "Mi asaf-ruach bechofnaw/ Who has grasped the wind in his fists?" [Prov. 30:4] (Which is an aspect of producing melody, as explained elsewhere [Likutei Moharan #54].) And the ten types of pulses and ten kinds of melody — this is already explained in the Zohar [and see LM II pg. 32a (#24)]. [Rabbi Nathan adds:] All this we heard explicitly. But who, when and what? (Beyond this he said nothing more, that is to say, who they all are, what this is, and when this all took place — this is unknowable.)

The conclusion of the story — that is, what happened on the Seventh Day with the footless beggar, and the conclusion of the King's son with whom the story began — he did not tell; and he said he would not tell any more, and it will not be heard until Mashiach comes — speedily in our days, Amen!

He also said, "If I did not know any other thing besides this story, I would still be wild news." He said so explicitly. For this story is very wild news. Contained here in it are very many moral lessons and much Torah, for it contains many teachings and speaks of many ancient tzaddikim; of King Dawidh, peace be upon him, for King Dawidh stood at the world's edge and cried out to the Spring that flows from the Rock that is on the Mountain, as mentioned above, as written in Tehilim [Ps. 61:3], "Miqtzeh ha'aretz eleikha eqra, be`atof libi; betzur-yarum mimeni tancheni/ From the end of the earth I will cry unto You, when my heart is faint. Lead me to the rock that is higher than I."

(All this we heard from his mouth explicitly. And what is understood from his words is that King Dawidh, peace be upon him, is the aspect of the Heart, as has been transmitted [Zohar Shemoth 108], and he is hinted to in the story regarding the Heart of the world, which stands at the end of the earth, facing the Spring, crying and longing for it constantly etc. But still the words are closed up; fortunate is whoever will merit attaining secrets of this story.)

The matter of King Dawidh and the aforementioned scripture, "From the ends of the earth," that is hinted to in the story, pertains to the Third Day, because there it speaks about the Heart and the Spring; look there and you will see wonders, how in each matter wonderful things are hinted. [In Yiddish: In this story are found very, very great secrets of the Torah, from beginning to end. All the stories of this book are thoroughly great secrets of the Torah; each word and each thing means something completely different — but this story is above them all.] And of the greatness of the awesomeness of this story it is not possible at all to tell, for it is above all of them. Exceedingly fortunate [ashrei ashrei] is whoever will merit even in the Coming World to know of it just a little bit. And whoever has [a] brain in his skull, let the hairs of his flesh stand on end; let him understand a little of the greatness of the Creator, Blessed be He, and the greatness of the true Tzaddikim, when he looks well into this awesome story, the likes of which will not be heard.

The matter of the verse, "From the ends of the earth," mentioned above, pertaining to the story of the Third Day — this I heard explicitly from his holy and awesome mouth, of blessed memory. Furthermore, look at this which I found afterwards — that the majority of the words of the chapter of Tehilim where this verse is written, which is Ch. 61 — virtually all of it is explained there [in] hints of the lofty secrets of the story of the Third Day mentioned above: "You will add days onto the days of the King" etc. — for he always needs that they should add days to his days etc. as mentioned. "Chesed we'emeth, man yintzeruhu/ Summon mercy and truth, that he may preserve it" — this is the True Man of Kindness etc., "Der Groyser Man; Der Emesir Ish Chesed" — because all the time and the days are made via the Great Man, who is the True Man of Kindness as mentioned there in the story, and he gives and adds at each moment, days to the days of the king, who is the Heart, which is the concept of King Dawidh, peace be upon him, as mentioned. And this is, "that he may preserve it" — because he guards and protects, for as soon as the day comes very close to ending — and then the Spring and the Heart and the entire world would end, God forbid — then the True Man of Kindness protects and guards this, and comes and gives a day to the Heart etc. as mentioned. And this is, "So will I sing praise unto Your name forever, that I may perform my vows day by day [yom yom]" — because each and every day which He gives him, he comes with songs and poems etc. as mentioned. "I will trust in the covert of Your wings, Selah" — for when the Heart needs to rest, a Great Bird comes and spreads Its wings over it etc., and this is, "I will trust in the covert of Your wings" etc.

Pertaining to the First Day: The matter of the elders, that each one boasted of what he could remember, where one boasted that he remembers even when they cut his umbilical cord etc. and he was the youngest elder of them all, etc. — our Rebbe of blessed memory said that in the Gemara (Yerushalmi) something similar is recorded: that Shmuel boasted that he remembers the pain of his circumcision etc.; see there.

Who can glorify or tell? Who can evaluate? Who can estimate even one minuscule of the millions or billions of hitnotzetzoth [branchings/ revelations/ illuminations], a bit of the clues of wonders of wonders from the very, very awesome and high secrets of this awesome story, which is full of secrets of secrets from beginning to end? One who is enlightened in the matter will find goodness, and hitnotzetzuth of certain clues according to his capacity.