Uma Lágrima de Mulher/I/IV

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Mal raiara a aurora triste e descorada do dia de viagem, já de pé dispunha-se a família para descer ao porto do embarque.

Aqui chegados, o pai apertou nos braços a filha; duas lágrimas grossas e varonis, como verdadeiros intérpretes da linguagem muda e sincera do amor, abriam-lhe caminho pelas faces tostadas.

E, enquanto Rosalina esfregava os chorosos olhos com as costas da mão esquerda, Ângela, meio afastada, rosmeneava a oração favorita, a cobrir de bênçãos o querido aventureiro.

Não tinha ainda o sol enxugado da umidade dos rochedos, que durante a noite receberam chuva contínua e carregada, já uma vela minguava ao longe da baía, confundindo-se com o claro-escuro das águas.