Vai pelo cais fora um bulício de chegada próxima
Aspeto
- Vai pelo cais fora um bulício de chegada próxima,
- Começam chegando os primitivos da espera,
- Já ao longe o paquete de África se avoluma e esclarece.
- Vim aqui para não esperar ninguém,
- Para ver os outros esperar,
- Para ser os outros todos a esperar,
- Para ser a esperança de todos os outros.
- Trago um grande cansaço de ser tanta coisa.
- Chegam os retardatários do princípio,
- E de repente impaciento-me de esperar, de existir, de ser,
- Vou-me embora brusco e notável ao porteiro que me fita muit
- mas rapidamente.
- Regresso à cidade como à liberdade.
- Vale a pena sentir para ao menos deixar de sentir.