D. Adelaide

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Dona Adelaide ao levantar a sai
Faz tremeliques por mostrar a meia
Meia de seda e de bordados cheia
Saia com renda alva de cambraia

Diz que mostrar à sua pífia aia
A qual sobre ela com fervor gorjeia
E diz que a andar se bamboleia
Somente por inflamar mais essa raia

Numa tarde chuvosa e enlameada
Sobre o pezinho, a meio, saltitando
Vinha a meia e a saia mostrando
Seguida de faceira passarada

Eis que escorregava, tomba sobre a amiga
À qual, ao levantar-se toda encalistrada
Ó céus, dona Adelaide, a bela fada
A meia mostra até...depois da liga!

Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.


Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.