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A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOYOS

Tu a viste, e não sei si a cubiçaste.
E um dia, que eu caçando longe andava,
A vejo vir correndo, tropeçando
Pela montanha acima, já sem forças,
Quasi a vida exhalando. Corro á ella,
Nos braços a recebo; e ella cahindo,
Apenas dizer pôde: – os Emboabas!
E alli do susto e da fadiga exhausta,
E das dores talvez tendo a criança,
N’um tremor expirou a malfadada,
A tão cara Potira, esposa minha. »

– E será minha a culpa?
    « Sim: e que outros
Senão tu junto aos teus a perseguiram?
Escuta ainda mais: passados tempos,
Tu em paz com meu pai viver fingias.
Um dia acompanhado o acommetteste,
E como minha mãi te ia fugindo,
E gritando por mim que a soccorresse,