Página:A Confederação dos Tamoyos.pdf/33

Wikisource, a biblioteca livre
CANTO I.
11

Alguns, ora colonos, mas que outr’ora
Em Lisia réos infames se opprimiam
De empestadas prisões nos subterraneos.

Como preza a andorinha a liberdade,
E por instincto soe cantar errante,
Errante fabricar ligeiros ninhos;
E si no aereo carcere encerrada
Triste pende a cabeça, encolhe as azas,
Cala o trinado que soltava livre,
Rejeita tenue grão, suspira e morre:
Não menos estes filhos das florestas
Errante vida e liberdade estimam.
Ora aqui, ora alli erguem choupanas,
E onde frondosas arvores estendem
Pejados ramos de gostosos fructos,
Ahi é seu paiz, ahi se abrigam.

«Toda esta terra é nossa, e nunca falta
Terra para os mortaes. O passarinho