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CANTO II.
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Contra mim. No rochedo descançando,
De novo pelo mar abri caminho;
De rochedo em rochedo, e já sem forças,
Quando do mar o sol se levantava,
Tambem sahi do mar, e tomei terra.

« Como me achei então? Sem arco e flechas,
Devorado de fome e somnolento,
A meu pezar dormi. Ao despertar-me;
Lembrei-me do passado, e que não ’stava
Salvo de todo. Ergui-me, e caminhando
De fructos da floresta alimentei-me.
E logo quiz Tupan qu’eu me encontrasse
Com alguns escapados do rochedo,
Francezes e Tamoyos. Uns e outros
Com pasmo me abraçaram, perguntando
Como o perigo e o mar tinha eu vencido.
Contei-lhes tudo; e como esta arma inutil
Eu trazia no cinto, um dos Francezes
Da polvora que tinha um chifre dêo-me.