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A Alma do Lázaro/II/XVII

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Sei-lhe o nome!

Foi esta noite. Lá estava ela, no terrado, olhando o mar, onde se escondera a zela branca do navio de seu pai.

Uma voz, era a de sua mãe, soltou o nome de Úrsula. Ergueu-se ela, e caminhou para a casa, dizendo com um modo brando e sossegado:

— Aí vou, mãe.

Úrsula!... Que suave encanto acho eu neste nome, que dantes nunca em. mim despertou a menor atenção. Ouvia-o como um som qualquer; não passava de uma palavra indiferente. Agora canta em minha alma como celeste harmonia, que me inunda todo o ser de júbilo.

Os sussurros da brisa, os murmúrios das ondas, as vozes do céu e da terra repetem para mim o mavioso nome, que me envolve em uma bem-aventurança.

Nos momentos em que a alma exubera e subleva-se com o esto do contentamento ou da mágoa, manam as abundâncias da paixão, em poemas e hinos.

Não careço eu de poesias, nem descantes, para transbordar as santas alegrias que me enchem o coração. Basta dizer baixinho, entre Deus e mim, o nome dela.