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Arreitada donzella em fofo leito

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Arreitada donzella em fofo leito
Deixando erguer a virginal camisa,
Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras subtis pachocho estreito:

De louro pello um circulo imperfeito
Os papudos beicinhos lhe matiza;
E a branca crica, nacarada e liza,
Em pingos verte alvo licor desfeito:

A voraz porra as guelras encrespando
Arruma a focinheira, e entre gemidos
A moça treme, os olhos requebrando:

Gomo é inda boçal perde os sentidos:
Porém vai com tal ancia trabalhando,
Que os homens é que veem a ser fodidos.

Notas

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  1. MATTOSO, Glauco. Bocage, o desboccado; Bocage, o desbancado. São Paulo: 2002. Disponível em <http://www.elsonfroes.com.br/bocage.htm. Acesso em: 28 maio 2014.