Cora
Aspeto
Teu olhar tem um mistério
Que eu não posso interpretar
Teu olhar é um cemitério
Todo cheio de luar
Quando em doce ansiedade
São as cruzes da saudade
Tens um ato de maldade
Mas tens... do cantor
Amo ouvir teus lábios rubros
Ternos lábios de coral
Como anjo do sepulcro
Junto à cruz a soluçar
Dá-me a calma do teu canto (pranto)
Sê que estás em campo santo
Sob o teu olhar (teu) repousa
Marmórea lousa desse amor
Quando a tua mão descansa
Contemplado a palitar
É que cheio de esperança
Que me vejo a contemplar
Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.
Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.