Corte na roça

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Esse teu leque formoso
De luz e perfume cheio
É o beija-flor cauteloso
A esvoaçar em teu seio!
Este calor que tu sentes
Que te escalda o coração
São os sintomas ardentes
De uma impetuosa paixão

Ah! Ah! São os sintomas ardentes
Ah! Ah! De uma impetuosa paixão

Este sorriso que enflora
Que apúrpura os lábios teus
É um réstia da aurora
De outro azul e de outros céus!
Há no teu colo tremente
O mesmo encanto da flor
Guarda este leque esplendente
Meu primeiro e santo amor!

Meu coração não se acalma
Não cessa de te adorar
Deixa abrasar a minh'alma
Nas chamas de teu olhar!
Não temas, não há perigo!
Por que te assustas, meu anjo?
Leva minh'alma contigo
Solta as tuas asasa, arcanjo!

Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.


Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.