De pungentes estimulos ferido

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  De pungentes estimulos ferido
O Regedor dos ceos e humilde terra,
Sôbre ti manda, desastrada Lysia,
        Effeitos da sua íra.

  A peste armada destruir teu povo
A um seu leve aceno vôa logo:
Estraga, fere, mata sanguinosa,
        Despiedada e crua.

  Despenhada no abysmo da ruina,
Fugir pretendes aos accesos raios,
Qual horrida phantasma, porém logo
        Desfallecida cahes.

  O açoute do Ceo lamenta, ó Lysia,
Mas inda muito mais os teus errores
Que provocar fizerão contra ti
        Contagião mortal.

  Dos Ceos apagar cuida a justa sanha
Da penitencia com as bastas ágoas,
Ja que revel e surda te mostraste

        A seus mudos avisos.
  Então verás ornada a nobre frente,
Como nos priscos tempos que passárão,
De esclarecidos louros, sinal certo
        De teus almos triumphos.