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Horto (1910)/Oswaldo

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OSWALDO


A D. Sinhá Medeiros.



Oswaldo é um lirio. Nos olhitos francos
Conserva um mundo precioso e lindo;
Quando elle ri os seus dentinhos brancos
Lembram á gente um bugary abrindo.

E’ um pequeno cherubim risonho;
E se bem longe, meu olhar o avista,
Não sei porque só me recordo em sonho
Do cordeirinho de São João Baptista.

A’s vezes beijo-o delicadamente,
E o beijo canta sobre os olhos seus;
Emquanto eu scismo carinhosamente
Que beijo os olhos do menino Deus.