Lua de fulgores
Ó lua-cheia de fulgores e de encanto!
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo
Vem enxugar dos olhos meus o pranto
Ó vem guardar está paixão que vai comigo!
Ai, por quem és, desce do céu, ó lua branca!
Tira esta mágua de meu peito, arranca!
Daí-me o luar da tua compaixão
Ó vem, por Deus, iluminar meu coração!
Ai, quantas vezes se no céu me aparecias
Toda a brilhar em noite calma, constelada...
Ai, quantas vezes tu me surpreendias
Ajoelhado junto aos pés de minha amada!
Ó Lua cheia, por que és, tem dó de mim!
Vem a meu lado, tenha pena, sim
Daí-me o luar de tua compaixão
Ó Vem, por Deus, iluminar meu coração!
Ó lua cheia de fulgores e de encanto
Vem a meu lado me matar esta saudade
Enxugar dos olhos meus o pranto
Ó vem, por Deus, me matar esta paixão!
Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.
Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.