O moço loiro/XXVIII

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Hugo de Mendonça, deixando a bela casinha de Niterói, tinha vindo a instâncias de Lucrécia, morar vizinho dela, nesse bairro alegre e aristocrático chamado da Glória, onde a diplomacia e a riqueza têm, no Rio de Janeiro, assentado o trono de seus prazeres.

A elegante casa ocupada pelo pai de Honorina ergue-se do meio de um jardim, que, desdobrando-se, primeiro faz frente para essa soberba rua sempre trêmula pelo rodar das carruagens, sempre ruidosa pela multidão que por ela vai a caminho; e depois se continua por outra, que, em compensação, sossegada, solitária e melancólica, se termina breve defronte do mar.

Ante a rua orgulhosa e nobre se ostenta magnífico portão de grades de ferro, que se abre em par preso a duas elevadas colunas de pedra, ao mesmo tempo que pela outra, solitária e melancólica, se franqueia o jardim por um pequeno pórtico engraçado e modesto, a cujos lados se levantam dois terraços, cada um dos quais tem no fundo duas portas, que dão entrada a uma saleta de recreio.

Como acima fica dito, no meio desse jardim levanta-se a vistosa casa em que mora o pai de Honorina.

Era um domingo às nove horas da manhã.

Apesar de ser feriado, como era esse dia, o que tinha seguido à horrível noite, em que sobre a vergonha passada de um homem levantava outro homem também sua vergonha, Félix foi cedo procurar a seu amo para dar-lhe a fatal notícia da triste posição de sua casa, da ruína que o esperava: ruína iminente... talvez inevitável.

Ema e Honorina praticavam na sala, enquanto em um gabinete contíguo a esta, Hugo se ocupava em examinar vários papéis e livros comerciais, quando anunciaram Félix.

O negociante escutou, estremecendo o anúncio daquela inesperada visita; e, com o pressentimento de um infortúnio, ordenou que fizessem entrar o mancebo para o gabinete.

Hugo conhecia que seus negócios não se achavam no melhor pé possível: ele tinha herdado de seus pais uma casa forte pelo crédito que merecia, manca, porém, em si mesma pelas grandes dívidas que sobre ela pesavam, e que não podiam ser de pronto satisfeitas; pois que não era lícito ao honrado negociante dispor, para pagá-las, dos bens que cabiam por herança à sua mãe e a Honorina.

O irmão de Hugo, falecido quase ao mesmo tempo que seu pai, havia deixado bens consideráveis; morrendo, porém, sem testamento e tendo um filho único, embora ausente, esses bens não deviam ser empregados em favor dos interesses particulares de Hugo, que, sempre consciencioso e nobre, zelava a herança de Lauro com um respeito religioso.

E, pois, Hugo de Mendonça, que, para ficar senhor independente da casa de seu pai, se obrigara a todas as dívidas, que a faziam gemer, começara logo a lutar com imensas dificuldades; todavia, tendo um nome cheio de brilhante reputação e uma vida ainda sem mancha, pôde sustentar-se no mesmo pé em que dantes vivera seu pai; obrigado a sair da corte para tomar conta dos bens, que longe haviam deixado seus parentes, ele pôs os seus negócios sob a direção de um moço que, há dez anos, era o primeiro caixeiro de casa, e que jamais dera azo à menor desconfiança da sua probidade.

Voltando depois de alguns meses de ausência, Hugo achou tudo no mesmo estado... a casa se debatia ainda apertada pelos mesmos empenhos... mancava sempre; mas era inegável que Félix, que a ficara administrando com amplos poderes, fizera admiráveis esforços para sustentá-la.

Quem julgasse a Hugo de Mendonça pelas aparências, o acreditaria tão feliz como rico; além de ser o gênio naturalmente alegre, o negociante, à semelhança da jovem loureira que, abatida e amargurada no fundo da alma, ainda assim levanta orgulhosa a cabeça diante de suas rivais, fazia por esconder seus concentrados tormentos sob um aspecto de felicidade; mas, para contrastar a alegria de seus dias, ele passava noites cruéis de cálculos baldados; noites que ele gastava em lembrar e somar suas dívidas; em sentir apertar-se-lhe o coração, prevendo que lhe seria preciso voltar-se para sua mãe e sua filha, e pedir-lhes seus bens para perder tudo, menos a honra.

Foi por isso, sem dúvida, que ele estremeceu, ouvindo anunciar a visita de Félix a horas em que o não devia esperar.

O guarda-livros entrou e, obedecendo à voz de Hugo, sentou-se defronte dele.

O mancebo trazia no semblante a expressão de pungente dor; em seus olhos se estava lendo a vigília de uma noite inteira.

— Pois bem, meu Félix, disse Hugo forçando um sorriso; eu estou agourando-nos mal da tua visita.

Félix fez um sinal afirmativo.

— É que temos novas dificuldades a vencer para sustentar-nos... empenhos novos... e quem sabe?... talvez uma grande desgraça.

O guarda-livros fez novo e igual movimento de cabeça; Hugo de Mendonça tornou-se, então, pálido, como ele.

— Almocemos primeiro, tornou depois de alguns minutos de silêncio; procuremos adquirir forças para assoberbar a tempestade.

Félix quis falar; porém, Hugo de Mendonça, já com muito sangue-frio, repetiu o mesmo conselho.

— Almocemos primeiro, meu amigo; há sempre tempo de sobra para o infortúnio.

Até à hora do almoço Hugo entreteve agradavelmente a Félix e as senhoras, com as quais se tinham ido ajuntar, em objetos indiferentes.

Finalmente, os dois se viram de novo a sós e defronte um do outro no mesmo gabinete.

— Agora, meu Félix, disse Hugo de Mendonça, vamos ao que é mais sério e mais triste: que há de novo?... fala...

— Senhor... há uma desgraça... horrível!...

— Mas, enfim, sempre acharemos para salvar-nos algum meio, embora difícil...

— Senhor, disse o moço, o mal é muito grande... é enorme...

— Sem remédio?...

— Talvez... desgraçadamente, talvez sem remédio!

— Mas o que será isso, que por hora não compreendo!... eu me supunha ao fato de todos os meus negócios!...

Félix ficou frio como um cadáver; e sentiu que as palavras de Hugo de Mendonça retiniam cruelmente no fundo de seu coração.

— Félix, continuou o negociante, é preciso falar... vamos...

— Senhor, respondeu o guarda-livros; eu sempre mereci a mais completa confiança do senhor seu pai; e nunca dei motivo para perder a sua. Recebido e educado nesta casa, pobre órfão que eu era, eu vos olhava como meus pais, como vós me olháveis como vosso filho.

— Adiante... adiante...

— Não; tudo é preciso dizer; porque eu cometi um erro, a que se poderá chamar um abuso de confiança, pois que suas conseqüências foram desgraçadas, e que se diria uma grande prova de amizade e dedicação, se o seu resultado correspondesse aos meus desejos e esperanças!

— Basta de preâmbulos, Félix; eu estou ansioso por conhecer esse infortúnio, que tanto te abate.

— Eu o vou dizer; mas assegure-me primeiro, senhor, que eu tenho administrado a sua casa mais como um membro da família, mais como um filho, do que como um assalariado...

— Sim... todos te fazemos justiça: porém, vamos... vamos...

— Eu me explico: é, todavia, necessário partir de longe. Senhor, quando morreu seu pai, eu sabia dos negócios da casa mil vezes mais do que V. S.ª; perdoe-me... o Sr. Raul de Mendonça parecia estimá-lo pouco; e por isso o arredava sempre dos seus conselhos...

— Adiante... adiante...

— O senhor seu pai, poucos anos antes de morrer, se havia empenhado em negociações proibidas e perigosas; e, como tantos outros, sofreu reveses; o resultado foi deixar a casa nas difíceis circunstâncias em que passou a seu poder...

— Sabemos disso...

— Logo que depois da morte dele, a casa ficou debaixo da direção de V. S.ª; eu, recebendo amplos poderes para, em sua ausência, continuar com os negócios, recebi também ordens terminantes para pôr termo a essas empresas fatais e ilícitas...

— Concluamos enfim...

— Alguns dias, porém, depois da sua partida para o campo, a firma de seu pai me foi apresentada... havia uma promessa, uma obrigação dele, contando-se com a qual despesas que se tinham feito, e navios preparados: era um enorme empenho... mas o que podia eu fazer?...

— É que eu ainda não compreendi bastante, Félix!...

— Senhor, eu quero dizer que fui obrigado a contrair novas e grandes dívidas para entrar na negociação com a parte a que se obrigara a casa, que eu estava administrando.

— Mas eu tinha o direito de saber tudo, e tu o dever de nada me ocultar!...

— Eis o erro que choro, senhor! porém, eu esperava que desta vez a sorte nos seria menos adversa; e contava que poderia apresentar-me vitorioso, depois de ter salvado de todos os seus empenhos a casa que administrei.

— E então?...

— Calculando os lucros sobre uma perda de metade de nossas embarcações, ainda assim teríamos vencido muito...

— E então?... e então?... e então?

— Oh! há três meses que se têm ido quebrando contra meu coração uma por uma todas as probabilidades que a nosso favor eu tinha!... cada notícia importava sempre uma desgraça!... a primeira, a segunda, a terceira, todas as embarcações perdidas... tomadas!... só nos restava a última... a última, que era também a derradeira tábua de salvação para nós; pois bem! ontem a notícia chegou... perdida! tomada, como as outras!...

— E portanto?... perguntou o negociante apertando violentamente as mãos.

— E, portanto, tudo está acabado...não há mais esperança possível!...

Hugo de Mendonça desabafou um gemido surdo e doloroso.

— E de hoje a três dias, senhor, temos de pagar uma letra na importância de treze contos de réis.

— Oh!...

— E de hoje a três meses uma segunda de quinze contos de réis.

— Félix!...

— E, enfim, de hoje a seis meses ainda uma terceira importando em dezoito contos de réis.

— Que todas três perfazem a quantia de quarenta e seis contos de réis!... disse tremendo Hugo de Mendonça, que estupidamente somara pelos dedos a dívida inesperada.

— É verdade, senhor.

— Sim... ainda quarenta e seis contos de réis que devem ser pagos no mesmo tempo em que se virá pedir-me outro tanto!...

— Era por isso que eu julgava esta desgraça inevitável!...

— Mas há, Sr. Félix, disse Hugo afetando um tom improvisadamente polido; há em tudo isto um lado obscuro... ininteligível!... nenhum administrador ocultou assim por tanto tempo negócios de tal importância ao dono da casa.

— Sr. Hugo de Mendonça, respondeu Félix empalidecendo involuntariamente, eu tenho e trago comigo documentos que esclarecem bastante o meu proceder; por eles se pode ver em que tempo fui contrair essa dívida na mesma casa que, com a que eu administrava, se ia de sociedade empenhar na fatal empresa; neles estão marcados, com a mesma data das letras que assinei, todos e ainda os mais minuciosos esclarecimentos a respeito das embarcações enviadas à costa da África. E de mais, senhor, conto a meu favor honroso procedimento de longos anos de serviço!... ninguém poderá fazer-me a injustiça de crer que enriqueço, fazendo a desgraça da sua casa!...

— Não se lhe disse isso, senhor, tornou Hugo; mas eu creio que no estado em que me vejo, deve-se-me tolerar uma queixa!

— Oh! perdão! perdão, Sr. Hugo de Mendonça!

— Está bem; está bem, Félix... deixa-me os papéis que me sentenciam a miséria.

— Ei-los aqui, senhor.

— Félix entregou a Hugo de Mendonça um pequeno maço de papéis, e alguns momentos depois retirou-se abatido e triste, como viera.

O negociante acompanhou com vistas perscrutadoras o seu guarda-livros até vê-lo desaparecer.

No pensamento de Hugo desenhava-se, ao pé da lembrança de seu infortúnio, uma dúvida que o fazia vacilar muito.

A história, que lhe contara Félix, tinha um não sei quê de fabuloso... seria Hugo vítima de uma trama infernal?... deveria o seu guarda-livros levantar-se rico e feliz sobre a sua miséria?...

Mas, ao mesmo tempo que tais idéias surgiam-lhe na alma, Hugo lembrava-se de que Félix havia sido um caixeiro exemplar por sua honra e fidelidade; e a vida inteira do mancebo sem nenhuma mancha, sem a mais leve nódoa, fazia estremecer o negociante arruinado diante da imagem da calúnia.

Enfim, ele começou a examinar os papéis; tudo estava em ordem... tudo cuidadosa e miudamente documentado... e ainda um novo golpe vinha cair sobre Hugo de Mendonça; ele era devedor de grande quantia ao mesmo homem, que, poucos dias antes, lhe viera pedir a mão de sua filha, e fora por ela não aceito!...

Horas terríveis se passaram então...

Só, sem nenhum objeto que o distraísse, Hugo de Mendonça examinou os seus livros, as suas contas, os seus papéis; pensou em tudo... lembrou-se de sua mãe e de sua filha; e, quando ao voltar a página de um livro, ou ao combinar um novo pensamento, sentia entrever uma esperança; arquejava imediatamente depois; porque nessa mesma página do livro, e na reflexão desse mesmo pensamento, ele esbarrava sempre com a idéia fria, horrível, geladora — impossível!...

Impossível! — palavra fatal, que na vida moral do homem significa o perdimento de toda a esperança... isto é, a morte do coração!... noite perpétua e escuríssima ainda no meio dos mais belos dias!...

Oh! o negociante hábil e honrado, que sente desmoronar-se sua casa, apesar de seus desesperados esforços... que não tem mais uma única probabilidade a seu favor, uma simples e fraca tábua de salvação a que se agarre, sofre muito... muito... terrivelmente... parece que não é possível sofrer mais; e, todavia, Hugo era despedaçado ainda por dobradas angústias; porque Hugo era pai...

Quando ele se lembrava de sua filha, o que sucedia a todos os instantes; quando sentia o ruído de suas pisadas... quando ouvia o som de sua voz doce e meiga, e pensava que ela tão linda, tão mimosa, tão acostumada aos regalos que se gozam no seio da abundância, ia cair nos emagrecidos braços da pobreza, experimentar privações, e...

Não, não se compreende assim tão facilmente essa dor indizível, que vem do fundo da alma... do âmago do coração, queimando-o devagar e cruelmente, como uma língua de ferro em brasa!... é preciso, para bem compreendê-la, ser pai, e ter visto nascer e ir crescendo uma criancinha, que se adora como a pupila dos próprios olhos... uma menina bela... filha da mulher que mais se amou no mundo, que com essa mulher se parece, e que vai crescendo debaixo das vistas desveladas dele mesmo, como um lindo arbustinho sob os cuidados de vigilante jardineiro... que, enfim, já é moça encantadora e virtuosa, que se sonha, que se conta fazer venturosa, e que se vê de repente tombar na miséria!...



Chegaram as horas do jantar.

Hugo de Mendonça, querendo ainda esconder à sua mãe e filha a desgraça que sobre eles todos caíra, foi sentar-se à mesa, fingindo-se alegre e sossegado.

Passados alguns momentos, porém, quando levava aos lábios um cálix de vinho, fitou os olhos em Honorina... embebeu-os no rosto docemente pálido daquele anjo de beleza, que em breve seria mártir... e, como para abençoá-la, deixou cair o cálix da mão... e, não podendo mais suster-se, atirou-se chorando sobre a filha, a quem abraçou com violenta efusão de ternura.

Era impossível ocultar por mais tempo o triste segredo: tudo foi revelado.

Meia hora depois, Honorina estava ainda nos braços de seu pai, molhando suas faces com as lágrimas que dos olhos dele corriam, animando-o, e chorando também.

— Era de prever! disse Ema finalmente; uma grande desgraça tinha de vir sobre nós, pois que havia desaparecido a cruz da família!... sete anos se passaram... mas ei-la!... eis a desgraça... irremediável!!!

— Minha mãe!...

— É preciso vender tudo, Hugo; é necessário pagar essas dívidas com os teus, com os meus, com os bens de tua filha...

— Oh!... é a miséria para vós!...

— E a riqueza para ele!... embora... não se há de tocar por modo algum na herança do infame!...

— Minha avó, por que falar assim?!...

— Pois não é ele quem tem culpa de tudo isto?... ele!... esse Lauro!...

E o rosto da velha tomou uma expressão terrível de ódio e de vingança; ela ergueu sua mão trêmula, e com voz forte exclamou:

— Maldito!... maldito!... maldito seja o miserável!...

Nesse momento um escravo entrou na sala e entregou a Hugo uma carta, que acabava de chegar. O negociante a abriu imediatamente e leu a assinatura.

— Lauro!... disse ele.

— Lauro?!... exclamaram as duas senhoras.

Hugo de Mendonça leu alto o que continha a carta.

"Meu tio. Recebi a carta, em que V. M. rejeita a doação que fiz à minha prima de herança que me coube pela morte de meu pai; e de novo me convida para ir receber o que me pertence. Pois bem, meu tio, somos ambos teimosos; mas agora preciso é que também cedamos ambos, e transijamos em alguma coisa. Eu conto demonstrar, em breve, que me caluniaram, os que me denunciaram como perpetrador do furto da cruz da família; e, pois, poderei cedo entrar com o rosto descoberto na casa de meus pais; em conseqüência eu proponho a V. M. o meu casamento com minha prima Honorina, de quem tenho recebido as mais lisonjeiras notícias; se isso lhe for agradável, exijo, como condição, que V. M. empregue todo o produto da minha herança no desempenho da casa, que, segundo me informam, meu avô deixou em difíceis conjunturas: o crédito do nome, que eu já tive, e que ainda terei, deve ser sustentado por todos nós.

Cidade da Bahia, setembro... de 1844.

Lauro."

Depois da leitura desta carta reinou profundo silêncio durante alguns minutos.

Ema havia primeiro pensado que, empregando-se a herança de Lauro, vencer-se-iam as maiores dificuldades com que lutava a casa. mas para logo abafou esse pensamento, porque; teimosa em tudo, e sempre inabalável em todos os seus juízos, ninguém a fazia crer que podia não ter sido Lauro o roubador da cruz da família; e ela jamais consentiria em sacrificar Honorina a um homem sem honra.

Hugo de Mendonça achava a proposição muito conveniente; por sua vez, porém, recuava ante a idéia de negociar com o coração de sua filha.

Honorina tremia, pensando em seu pai e no moço loiro.

Depois de muito tempo de penoso silêncio, Ema falou com voz grave e firme:

— Não; de modo nenhum.

E Hugo de Mendonça, com acento ainda mais firme, com o tom do homem absolutamente decidido, disse:

— Minha mãe, a esta carta só uma pessoa deve com toda liberdade responder: o sim ou o não, só dela partirá. Honorina, tens a tarde, e a noite de hoje, e o dia de amanhã para pensar; e nós teremos a noite do dia que se vai seguir para receber tua resposta terminante e livre.