Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/307

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esta casa, dízima a Deus, para partilhas. O Feliciano leu, retirou-se apressado para que o não vissem, murmurando quaisquer palavras a que o compadre Melro respondeu:

— Vossoria então está a ler! Tão certo tivesse eu o Céu como tenho a casa...

Feliciano seguiu para Prazins e o Melro disse aos fregueses da taverna que o seu compadre ia comprar a quinta da Comenda, e que estivera a ler o escrito da casa do Cambado que se vendia, e dissera que talvez a comprasse para a dar a um afilhado...

— Ao teu pequeno?! — perguntavam.

— Pois a quem há-de ser! Aquilo é que é um homem às direitas!

— Ele não sabe o que tem de seu. Tanto lhe monta dar-te a casa como a mim pagar-te um quarteirão de aguardente — encareceu uni pedreiro. — Anda agora a trabalhar no palácio da Retorta. Que riqueza! Parece um mosteiro. Pelos modos vai para lá viver logo que case com a Marta. Lá o mestre Zeferino rebenta que o leva os diabos! Isso diz que dá cada arranco...