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— O Zeferino, a falar a verdade, tem razão — disse o Melro. — O Simeão tinha-lha prometido. Gente sem palavra que a leve o Diabo! Eu, se fosse comigo... Mas, enfim, é irmão do meu compadre... não devo dizer nada. Que se governem.

O Melro, às 8 da noite, quando os fregueses desalojaram, fechou a taverna; e, espreitando se os pequenos dormiam, disse à mulher:

— A casa do Cambado é nossa, mas é preciso vindimar o Zeferino...

— Credo! — exclamou a mulher com as mãos na cabeça. — Nossa Senhora nos acuda!

— Leva rumar! — e punha o dedo no nariz.

— Ó Joaquim, ó marido da minha alma, lembra-te dos três anos que penaste na cadeia! Olha para aqueles quatro filhos!..

— Já te disse que me não cantes — e relançava-lhe o seu formidável olhar vesgo incendido como os lampejos da candeia em que afogueava o cachimbo de pau. Depois, foi tirar de entre a cama