pequena, com o seu olhar meigo e aveludado em que muitas vezes a envolvia.
Esses olhos, que tanto acariciavam a pobre Lia, quantas vezes ella os viu chorar tambem!... Ah! que se fosse com esta que Lia vivesse !...
Quantas vezes esse desejo a assaltou, quando o primo fazia as suas queixas, e aquela mulher, tão meiga, em vez da repreensão que Lia temia, com os mesmos labios com que beijava o filho, sorria para a prima, de quem ele se queixava!
Mas não, a pobre Lia não era com ela que vivia, mas sim com a outra, que não sabia o que era ser mãe.
Acontecia ás vezes, nas brincadeiras das duas primas, Lia sentir-se maguada e ofendida; e então, revoltado o seu orgulho, por nunca lhe reconhecerem direitos, queria logo retirar-se.
A outra, porém, que não queria pedir, mas desejava que a prima ficasse, compreendendo que só levando-a pelo sentimento o conseguiria, chamava o irmão e dizia-lhe:
— O' José! pede-lhe que fique, mas chora!
Então o rapaz, que parecia trazer sempre as lagrimas preparadas, puxava a fraldinha da camisa, e, esfregando com ela os olhos, rompia nam berreiro medonho, gritando entre soluços:
— Não te vás embora, senão eu não me calo!...
Lia, entre risonha e commovida, ficava.
No entanto, eram estas as suas horas mais alegres.