Página:A Guerra de Canudos.djvu/156

Wikisource, a biblioteca livre
136
A Guerra de Canudos

valoroza, impotente para obstar que o inimigo tomasse-lhe alguma munição, matando muitos muares do transporte.

O commandante do comboio, coronel Campello França entrincheirou-se com a força, como poude, aproveitando carros, cangalhas e cunhetes e organisou a rezistencia, a qual os fanáticos oppunham pertinaz e mortifera fuzilaria, de todos os lados. N'aquella contingencia, a perda do material do comboio e o desbarato da sua guarnição, importava em tremendo dezastre. Para isso impedir, o 5° corpo de policia batia-se com toda bravura e notavel íirmesa.

Emquanto o coronel Campello enfrentava tão grave situação, as forças na Favella, tambem immobilisadas entre os jagunços e Canudos, resistiam dezesperadamente. A munição rareava e o inimigo não parecia querer dar treguas ao ataque; a columna estava em simples defensiva, e n'um dado momento, as bolsas dos soldados esvaziaram e a munição era tudo.

O numero de mortos e feridos era n'uma proporção de espantar e a elles recorreram os combatentes, utilizando as suas tambem escassas munições. A artilharia, obrigada pelas circumstancias a manter o fogo, tambem ficou sem projectis e os artilheiros cahindo, uns após outros, combatendo n'um descampado varrido