– Tive, mas gostei. Tome estes pastéis, são muito bons!
– Eu também tenho um doce guardado para ti.
– Onde está?
– Depois... escuta, conta-me o que fizeste.
– Passeei com papai, toquei, brinquei... já disse: gostei muito!
– E...
– E... e o quê?!
– A tal... a tal mulher, como a achaste?
– D. Alice? É tão boa! sabe? ontem ela me ensinou a fazer crochê e deu-me depois a agulha e o novelo de lã!
– Ora, que prenda, crochê! Eu não aprecio isso. Ela é bonita ou feia?
– É bonita!
– Ah...
Maria percebia bem que a avó não estava contente; mas continuava a açular o seu ciúme, com maldade.
– Tomaste banho hoje?...
– Tomei. Foi d. Alice quem me penteou. Sábado voltarei para lá, sim, vovó?
– Já?! mal chegaste já pensas em voltar!
– D. Alice pediu...
– Ora, d. Alice!
A baronesa retinha a neta a custo entre os braços. Maria tinha pressa de ir ver os coelhos e verificar se lhe tinham apanhado uma bela manga rosa que ela trazia de olho havia dias...