– Sossega, menina! Olha para mim!
– Estou com pressa...
– Deixa-me tirar a faixa... como este laço vem mal dado... não hás de ir com este vestido para o quintal! Que penteado! Logo se vê que a tal mulher não tem jeito para tratar de crianças!
– Como não tem?! É tão delicada...
– Dize-me cá: em que quarto está dormindo?
– No quarto azul...
– Da sala de jantar?!
– Não. Em cima, aquele do terracinho.
– O gabinete de trabalho de Maria! Será possível? Para uma empregada, um quarto tão bonito... E tu, onde dormiste?
– Ao pé dela.
– Na mesma cama?!
– Não; mas no mesmo quarto...
A baronesa suspirou. Ela não pudera conciliar o sono, em frente à cama vazia da neta! E a criança ingrata, ao lado da inimiga, nem pensara nela!
O trabalho da baronesa seria agora afastar Maria quanto possível da idéia de voltar à cidade. Disputá-la-ia à outra, a ferro e fogo. A verdade é que Maria exagerava a sua simpatia por Alice, por perceber o desgosto da avó, assim como se comprazia em torturar Alice na ausência da baronesa...