A cada novo círculo enroscado,
Que os olhos quasi arranca de fita-lo
E empolga o pensamento arrebatado;
A cada novo embate e novo abalo
Daquela formidavel catapulta,
Que o mesmo sangue gela de escutal-o,
Mais o delírio do bailado avulta,
Mais a espiral se alarga e rodopia
E mais o alegre deus bailando exulta.
E, no auje da frenética alegria,
Ébrio de Graça e de sublime Encanto,
Em si mesmo se afunda e se extasia,
Até que entôa este divino canto:
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Aspeto