Já em Curuzú, dizia desse denodado joven, em parte oíiicial
de 14 de Setembro de 1866, o Visconde de Porto Alegre:
«To)′na-se digno de menção o voluntário Francisco Ccunerino, jjorque guiado unicamente por seus sentimentos
patrióticos, combateu lieroica-
Êff mente nas fileiras do l)atalhão
r\′ 8" de Voluntários da Pátria, Não
Êf <3"9 alistado, ne?n recebe dos cofres
" r p)iiblicos remuneração alguma.»
- >* Sobre a morte de Gamerino,
L -m victimado com mais dezoito com-
panheiros pela explosão de uma
H|.<′ranada, ao transpor, num im-
1 K peto de audácia, o primeiro en-
F Irinclieiramento, lemos em uma
1 auctorizada descripçào do assalto
"′ de Curupaiiii:
Francisco Caineri;io.
«A honra da bandeira brazilelra ficou illesa, como bem disse o General. Com efíeito, actos de valor, de abnegação, de temeridade e heróica coragem foram praticados por nossos officiaes e soldados e seria longo enumeral-os.
Camerino, Voluntário da Pátria, sergipano, poeta, no começo da acção é gravemente ferido; conduzem-no para o hospital de sangue e ahi os cirurgiões reconhecem a necessidade de amputar-lhe os dois braços.
Principiam a operação: Camerino, pela perda de sangue, está pallido, mas risonho; não quiz chloroformio.
A operação caminha e também a morte: Camerino sorri sempre, recitando poesias, mas sua pallidez cresce.
De repente, fita os olhos sobre os montes de pernas e braços humanos que estão por alli espalhados; depois, olha para o céo com a expressão das estatuas tumulares: está em um extasis... mas extasis da morte.
Seus lábios abrem-se e o heróe, concentrando nelles os últimos alentos da vida, recita a seguinte estrophe do poema D Jaijme: