porto da Bahia, para apoiar as operações militares de Canudos, uma divisão naval, ao mando do contra-almirante Carlos Frederico de Noronha.
Com pequenos intervallos foram tambem chegando os batalhões do exercito : 2°, 5°, 7°, 9°, 12°, 15°, 16°, 25°, 30°, 31°, 32°, 33°, 34°, 35° e 40° de infantaria, 2° e 5° de artilharia, e 9° esquadrão de cavallaria ; conduzidos alguns em transportes de guerra, e outros em vapores mercantes contractados para esse serviço especial. Todos os referidos corpos partiram por sua vez, cum o fim de se reunir aos demais na viila indicada, e ahi se occuparam durante muitos dias em exercicios de tactica e preparativos de marcha.
A 13 de março de 1897, havia sido aberto um credito extraordinario de 2.000 contos de réis, destinado ás despezas indispensaveis, que se teriam de fazer com as operações militaras a realizar no Estado da Bahia. A 13 de agosto, foi aberto outro credito, de egual quantia.
Devo, todavia, não passar em silencio um facto, que então causou dolorosa surpresa, ou antes verdadeira indignação a quem quer que o testemunhou, ou delle soube a desagradavel e pungitiva noticia.
O elemento militar por nada se queria convencer de que os jagunços animavam-se a enfrental-o por sua propria conta e bravura indomavel. Assim, para explicar os triumphos incontestaveis, que tinham elles obtido, entendeu de attribuil-os a uma causa ignota, superior, irremovivel.
Dahi se originou, seguramente, o recurso de insistir em averbar como suspeito e parcial todo o povo bahiano, que officiaes e soldados tão injustos, quanto exaltados, apontavam por instigador de Antonio Conselheiro, cujas idéas restauradoras applaudia e fomentava, no parecer delles.
Entretanto, o modo de castigar essa estranha e supposta infidelidade ao regimen vigente não deixava de ter bastante originalidade, e de suggerir commentarios curiosos.
As praças, que passavam pela cidade do Salvador, de viagem para o sertão, commettiam verdadeiros desmandos, perturbando a ordem publica, levando o susto e o terror á população