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Página:A cidade e as serras (1912).djvu/107

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VI

 



Todas as tardes, cultivando uma dessas intimidades que entre tudo o que cansa jamais cansam, Jacinto, às quatro horas, com regularidade devota, visitava Madame de Oriol: — por que essa flor de Parisianismo permanecera em Paris, mesmo depois do Grand-Prix, a desbotar na calma e no cisco da Cidade. Numa dessas tardes, porém, o Telefone, ansiosamente repicado, avisou Jacinto de que a sua doce amiga jantava em Enghien com os Trèves. (Esses senhores gozavam o seu Verão à beira do lago, numa casa toda branca e vestida de rosinhas brancas que pertencia a Efraim).

Era um domingo silencioso, enevoado e macio, convidando às voluptuosidades da melancolia. E eu (no interesse da minha alma) sugeri a Jacinto que subíssemos à Basílica do Sacré-Coeur, em construção nos altos de Montmartre.

— É uma seca, Zé Fernandes...

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