esplendores da Civilização, nós bebemos tristemente ad manes, aos nossos mortos!
— Salve! — gritei da varanda. — Salve, domine Jacinthi!
E entoei, para o acolher, num alegre «taran-tantan», o hino da carta!
— Isto por aqui também é lindo! — gritou ele de baixo. — E o teu palácio tem um soberbo ar... Por onde é a porta?
Mas eu já me precipitava para o pátio — onde Jacinto, apeando, contou alegremente os tormentos do Grilo, que nunca montara a cavalo, e não cessara de berrar ante os perigos daquela aventura.
E o digno preto, ofegante, lustroso de suor, e lívido sob o esplendor da sua negrura, exclamava, apontando com a mão trémula para a pobre égua, que solta, de cabeça pensativa, parecia de pedra, sobre as patas mais imóveis que marcos:
— Pois se o siô Fernandes visse! Uma fera, que nunca veio quieta. Sempre para a esquerda, sempre para a direita, pé aqui, pé além! Só para me sacudir! Só para me sacudir!
E não resistiu. Com a ponta do guarda-sol atirou uma pontoada vingativa contra a égua, sobre o albardão.
Subindo a escadaria ligeira, penetrando no alegre corredor, com a sua janela ao fundo engrinaldada de rosinhas, Jacinto louvava grandemente a nossa casa, que o repousava das rijas muralhas, das grossas portas feudais de Tormes. E no seu quarto agradeceu os cuidados maternais da tia Vicência, que enchera de flores os dois vasos da China sobre a cómoda, e adornara a cama com