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mim! devo eu pensar mais nelle? pode elle, nobre e rico cavalheiro, lembrar-se ainda da pobre e infeliz captiva!...
— Sim, minha filha, não penses mais nesse homem; varre da tua idéa esse amor tresloucado; sou eu quem te peço e te aconselho.
— Por que, meo pae?.. como poderei ser ingrata a esse moço?..
— Mas não deves contar mais com elle, e muito menos com o seo amor.
— Por que motivo? por ventura se terá elle esquecido de mim?..
— Tua humilde condição não permitte que olhes com amor para tão alto personagem; um abysmo te separa delle. O amor que lhe inspiraste, não passou de um capricho de momento, de uma fantasia de fidalgo. Bem me peza dizer-te isto, Isaura; mas é a pura verdade.
— Ah! meo pae! que está dizendo!.. se soubesse que mal me fazem essas terriveis palavras!.. deixe-me ao menos a consolação de acreditar que elle me amava, que me ama ainda. Que interesse tinha elle em illudir uma pobre escrava?...
— Eu bem quizéra poupar-te ainda este desgosto; mas é preciso que saibas tudo. Esse moço.... ah! minha filha, prepara teo coração para mais um golpe bem cruel.
— Que tem esse moço?.. perguntou Isaura