Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/126

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se ver livres da ominosa presença dessa mulher, não deixavam de folgar e de felicitar-se por tão auspicioso acontecimento.

Como também já sabemos, três vultos embuçados e de sinistra catadura assistiram à cerimônia do casamento murmurando frases de ódio e vingança, e formaram parte do séquito até as proximidades da simples, mas asseada, cabana, a que se recolheu sozinho o gentil e afortunado casal.

No meio do tumulto do povo embebido, como estava exclusivamente na contemplação do noivado, e como já caíam as sombras do crepúsculo, ninguém atentou neles e nem se lembrou de indagar quem eram. Se não fosse isso, facilmente teriam reconhecido nessas nobres e enérgicas fisionomias, e no esbelto e altaneiro porte que lhes eram tão conhecidos os três irmãos, de quem tão longamente nos temos ocupado nesta história.

Eram já decorridos cerca de seis meses depois que Ricardo, o mais moço dos três irmãos, ferido no coração pelo mesmo golpe que infortunava os outros dois, desaparecera daqueles lugares. Ninguém mais soubera notícia dos três irmãos; todos os supunham mortos, ou pelo menos para sempre exilados das praias, onde a funesta beleza