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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/130

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e, debruçando-se sobre o fundo do barco, ergueu nos braços um volumoso fardo: era um cadáver. Não sem alguma dificuldade, mas com um vigor e agilidade para admirar em tão delicada criatura, saltou em terra, tendo sempre nos braços o sinistro fardo.

Sobre a praia arenosa erguia-se um grupo de rochedos esparsos; negros e aprumados como restos de uma arcada gigantesca desmoronada pelo tempo. Pelo vão de dois desses penedos, que se inclinavam um sobre outro como pilastras de uma abóbada quebrada, entranhou-se Regina conduzindo sempre nos braços o cadáver, como uma mãe carregaria o filho adormecido. Chegando à base solapada de um desses monólitos que pendia formando ampla cavidade sobre um chão de alva e finíssima areia, parou, depôs no solo o cadáver, e tirando do seio um punhal com ele começou a cavar a areia.

Cavou pacientemente e por largo tempo sem murmurar uma palavra, sem exalar um suspiro, até que conseguiu abrir uma cova assaz profunda, depôs nela o cadáver, e o cobriu com a areia removida.

— São três…! Bem os conheço! — murmurou ela enfim, arrancando um suspiro, antes bramido de leoa enfurecida. — Juro pelo sangue desse infeliz que ali repousa…! Juro por estas