Se tais tesouros desejas,
Voga além, ó pescador.
Que estrela por estes mares
Te conduz, ó pescador…?
Queres ser nauta valente,
E do oceano senhor…?
Se tal ambição te ocupa,
Passa além, ó pescador.
Os mistérios saber queres
Desta ilha, ó pescador…?
E de meu reino os arcanos
Aos olhos do mundo expor?
Se é esse o desejo teu,
Vai-te embora, ó pescador.
Mas se perigos insanos
Afrontando sem pavor,
Nesta ilha solitária
Tu vens procurar amor,
A meus braços sem detença,
Corre, voa, ó pescador.
Quando as notas extremas do suavíssimo canto expiravam vibrantes de paixão pelas solitárias plagas, a proa do barco de Ricardo embebia-se rugindo na arenosa margem, e com rápido movimento o mancebo saltava em terra e corria para junto da donzela. Regina o esperava imóvel; um sentimento ignoto a perturbava; o coração