Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/194

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e depois de contemplá-la por instantes com acento, cuja emoção em vão procurava disfarçar.

— Senhora — disse-lhe —, venho aqui somente para indagar o que é feito de meus dois irmãos, que a senhora bem conhece, e que vieram um após outro nestes dois últimos dias em direção a esta ilha, e que até agora não voltaram.

— Seus irmãos…! Que me diz, moço? — retorquiu a donzela com simulado acento de surpresa e consternação. — Seus irmãos…?! Pois eram eles…? Infelizes!

— Infelizes…?! — exclamou o mancebo impaciente. — Infelizes por quê, senhora…? Acaso os vistes…?

— Vi-os, sim, vi-os expostos ao maior perigo, mas ai de mim…! Sem poder valer-lhes. Desgraçados…! Por que foram tão afoitos e temerários!

— Mas por piedade, senhora, dizei-me o que é feito deles…?

— Perguntai a essas ondas que rugem aqui fora; perguntai aos abismos e aos monstros do oceano…

— Oh! Meu Deus! Meu Deus! Será possível…?!

— Não sei — respondeu Regina hesitando, arrependida