aqui o moço viu Regina, falou-lhe e poucos dias depois estava contratado o casamento. O navio em que viera fez-se de vela a seu destino, e ele deixou-se ficar.
O que portanto mais atiçava a curiosidade do povo não era por certo a procedência nem a riqueza desse mancebo; o que realmente o assombrava era ser ele — um forasteiro apenas ali chegado — o noivo aceito por essa mulher inconcebível; era ser ele único, que até ali e em poucos dias conseguira vencer a isenção da formosa e soberba Regina, dessa fada intratável, que tinha feito naufragarem desastrosamente as esperanças de tantos e tão guapos mancebos do lugar. De feito muitos moços do lugar se haviam arrojado loucos de amor aos pés de Regina, mas sendo por ela altiva e desdenhosamente repelidos, tiveram quase todos o mais triste e lastimoso fim.
Não faltava quem dissesse que quem conseguira domar o orgulho e ameigar o coração de Regina, era por certo algum príncipe, e príncipe encantado.
Apenas receberam a bênção matrimonial em face do altar, os novos desposados rompendo por entre a multidão, que em torno deles se apinhava sôfrega e curiosa, saíram da igreja e desceram a encosta sempre escoltados por grande número de pessoas, que quis acompanhá-los até a casa.