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Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/78

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melodia, a fada implacável lhe mandava o fel do mais acerbo desengano.

E a piroga de Regina resvalava ligeira pela superfície dos mares, e o canto maviosíssimo se perdia ao longe entre o bramido das vagas, como os arrulhos da alcíone, que sobre o ninho flutuante diz adeus às praias, que abandona.

Rodrigo só despertou do cruel delíquio que o esmagava quando as ondas, balançando-se com violência, começaram a sacudir-lhe o batel em movimentos desencontrados. Procurou com os olhos a piroga de Regina, e a custo pode avistá-la balouçando-se horrivelmente entre os escarcéus medonhos, que rugem de contínuo, em torno dos cachopos da ilha maldita. Apenas por momentos divisava a branca vela, que se alçava tremendo sobre a crista de um vagalhão, como a grimpa de uma torre, para imediatamente sumir-se de chofre como engolida por um sorvedouro. Diante de seus olhos, a poucas amarras de distância, erguia-se a prumo a lisa e pavorosa penedia que circunda a ilha sinistra. Ali as ondas rebentando furiosas de encontro aos rochedos escarpados, que a cingem por todos os lados, se despedaçam e fervem entre horríssonos bramidos, como um bando de monstros marinhos, que porfiam por devorá-la.

Entretanto, a frágil e leviana piroga de Regina