pares, que se afastaram, segredando palavras de ternura.
Alzira passou o braço nas espáduas de Ângelo, e os dois começaram a percorrer o estranho lugar em que se achavam.
Penetraram na extensa galeria que se desdobrava ao fundo.
— Onde estamos nós agora, minha querida?... perguntou Ângelo, penetrando na galeria de ossos e olhando em torno de si. Que estranhas sombras são estas que se cruzam em volta dos nossos passos?... Quem são aqueles espectros que conversavam conosco? . . .
Alzira chegou a boca ao ouvido dele. para dizer-lhe: — São as minhas iguais e os seus respectivos amantes . . .
— As tuas iguais?. . .
— Sim, confirmou a condessa; são as cortesãs de todos os tempos e de todos os lugares da terra. Nesta, como na outra vida, cada uma de nós procura o lugar que lhe compete. Achamo-nos agora em uma das secções da grande região das amorosas; esta é a secção das infelizes que, como eu, prostituíram o corpo na outra vida!... Todas elas vem ter aqui após o seu passamento, e a cada uma só acompanha o homem que no mundo a amou deveras e foi por ela correspondido.
E apontando para duas sombras que atravessavam nesse