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Página:A mortalha de Alzira (1924).djvu/213

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Deveria ir?...

Sua alma estaria em suficiente estado de pureza, para arrastar-se até ao supremo trono do Criador, ou deveria a mísera arrojar-se por terra, envergonhada e corrida, à espera que as lustrais águas do tempo perpassassem bem por cima dela e a limpassem de todo?

Mas se ele em tudo aquilo não tinha a menor culpa?... Mas se o seu coração era puro, e só, em consciência, se preocupava com as causas divinas?...

Que deveria, pois, fazer?...

E o sino tocava, tocava, chamando-o com insistência.

Ângelo preparou-se, saiu do quarto e dirigiu-se para a capela, em silêncio e aligeirando o passo.

— Sim, sim! pensava ele pelo curto caminho. O meu lugar é lá, junto do altar!. . . O meu lagar é aos pés da Divindade!. . . Que importa que as bruxas do sonho maquinem e conspirem durante a noite, furtando-me a alma a Deus?. . . Eu sou da Igreja, só à Igreja pertenço, e é lá que devo estar como um marinheiro a bordo do seu navio, principalmente em dias de tempestade!

E entrou na capela.

Os aldeões o esperavam ajoelhados na nave, contritamente. Alguns tinham ao lado as ferramentas que deviam servir ao seu trabalho desse