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Página:A mortalha de Alzira (1924).djvu/41

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sem relva, e que de noite e de manhã a gente não bispa mais. ele é como o veadinho branco, que corre mais depressa e se some, se lhe querem pôr a mão em cima. ele é como aquilo que nós mais queremos, e que não está dentro dos nossos braços e junto dos nossos lábios.

"Mas não, alma minha mentirosa, ei-lo que ali está ele, todo amoroso e rubicundo, posto de pé por detrás da parede do meu quarto, olhando o meu leito pelas frestas da janela, chorando de amor e estendendo a vista dos seus olhos por entre as gelosias.

"Lavei os meus pés assentada no meu leito. Como os hei de sujar agora?

"O sândalo e a murta estão recendendo.

"Vem, amado de minha alma, as vinhas já puseram o primeiro cacho de seus frutos, e as moças de Jerusalém estão dormindo à sombra das parras, para sonhar com aqueles que as querem para amar.

"Eu só, amado das minhas entranhas; eu só, a mais mesquinha entre filhas de Jerusalém, não durmo o sono da noite, e estou à espera que a minha vinha amadureça e tome cor, para te puxar para meu lado e repartir contigo a minha uva doce.

"Virás, que te chamo com as minhas mãos, e te abro meus peitos.

"Tu és, amado de minha vida, o escolhido do