Quando perguntarem quem é este moço bem vestido, elegante, de maneiras tão afáveis, responderão — É um negociante.
Eis o que eu chamo virtuose do comércio, isto é, homens que cultivam a indústria mercantil por curiosidade, por simples desfastio, para ter uma profissão.
É tempo de voltar dessa longa digressão, que a senhora deve ter achado muito aborrecida.
O mocinho negociante, tendo chegado à Praça do Comércio, tomou o braço da pessoa que o esperava, dizendo-lhe:
— Está tudo arranjado.
— Seriamente? exclamou o outro moço, cujos olhos brilharam de alegria.
— Pois duvidas!
— Então, amanhã...
— Ao meio-dia.
— Obrigado! disse o moço, apertando a mão de seu companheiro com efusão.
— Obrigado, por quê? O que fiz vale a pena de agradecer? Ora, adeus!... Vem jantar comigo.
— Não, acompanho-te até lá; mas preciso estar às quatro horas em minha casa.
Os dois moços de braço dado dobraram o canto da rua Direita.