de respeito destrinçavam na vida alheia, mas sempre arrenegando dos mexericos dos noveleiros; as meninas fingindo escutar as mães, acompanhavam com o canto do olho os folguedos dos rapazes que saltavam no quintal, atacando foguetes ou fazendo sortes.
Afinal vinha a ceia, forte e suculenta, como precisavam para conciliar o sono os estômagos de nossos avoengos. Em vez do sorvete, chupava-se o excelente ananás e a laranja, e por volta das nove horas estavam todos recolhidos.
Uma das vizinhas da Sra. Romana Mência tinha um enjeitado, que era estudante. Chamava-se o rapaz Ivo do Val, e fora achado uma noite à porta da casa, onde morava então com sua família, como donzela recatada, a Sra. Rosalinda das Neves, que veio a servir-lhe de protetora e mãe de criação.
Boquejou-se, embuste de praguentos, que o enjeitado não era outro senão o fruto dos amores da donzela com um alferes do terço da infantaria, vindo do reino. O oficial prometera casamento; mas para desempenhar-se de sua palavra honrada, esperava a licença de El-Rei, da qual aliás não carecera para o mais que adiantara por conta da futura boda.