coisa de uma meia hora... Elle sempre uma pessoa... saber assentar o seu nome que mais nan seja...»
O sr. Matheus, testa franzida, meditou ensimesmado. Emfim, n'uma atitude importante, pollegares mettidos nas cavas do collete: «A sr.ª Benta quer que lh'eu diga, francamente, cartas na mesa, a minha opinião a esse respeito» — e meneiava a cabeça sentenciosamente.
Ella esperoù.
— «Pois isso de leituras ao rapaz não lho tira nem põe... Para o que elle aqui tem que fazer...» — uma contracção dos labios significativa de supina incredulidade cerrou a phrase.
— «Isso lá, meu rico sr. Matheus» - protestou vivamente a sr.ª Benta - «ha de perdoar, mas hoje está aqui, amanhã pode estar acolá. E sempre se acostuma a dizer que o saber nan óccupa lugar. O senhor, se tivesse filhos...»
Elle apressou-se a atalhar.
— «Pois não sei, sr.ª Benta... olhe que não sei... Mas lá por isso não seja a duvida. Ahi bem perto ha agora aula nocturna da Cambra... E' de borla... Alguma noite que a gente o puder dispensar... Sempre não digo, que o serviço é muito...