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OS INSETOS DO ESPELHO
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Mas o respeitável senhor vestido de papel moveu-se por fim e, inclinando-se para Alice, murmurou-lhe ao ouvido: — Não faça caso do que estão a dizer, minha cara menina; trate, sim, de arranjar um bilhete logo que o trem parar.

— Não arranjo coisa nenhuma! gritou Alice com impaciência. Não pertenço a êste trem eu estava no morro inda há pouco e quero voltar para lá.

Nisto uma vozinha muito débil começou a cochichar coisas em seu ouvido.

— Quem é você? perguntou a menina.

— Um velho amigo, respondeu a vozinha. Sou um inseto.