— Simão!...
O filho do corregedor não se moveu.
Balthazar, espavorido do encontro, fitando os olhos n’elle, duvidava ainda.
— É crivel que esse infame aqui viesse! — exclamou o de Castro-d’Aire.
Simão deu alguns passos, e disse placidamente:
— Infame... eu! e porquê?
— Infame, e infame assassino! — replicou Balthazar — Já fóra da minha presença!
— É parvo este homem! — disse o academico — Eu não discuto com s. s.^a... Minha senhora — disse elle a Thereza com a voz commovida e o semblante alterado unicamente dos affectos do coração — Soffra com resignação, da qual eu lhe estou dando um exemplo. Leve a sua cruz, sem amaldiçoar a violencia, e bem póde ser que a meio caminho do seu calvario a misericordia divina lhe redobre as forças.
— Que diz este patife?! — exclamou Thadeu.
— Vem aqui insultal-o, meu tio! — respondeu Balthazar — Tem a petulancia de se apresentar a sua filha a confortal-a na sua malvadez! Isto é de mais! Olhe que eu esmago-o aqui, su villão!
— Villão é o desgraçado, que me ameaça, sem ousar avançar para mim um passo — redarguiu o filho do corregedor.
— Eu não o tenho feito — exclamou enfurecidamente