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Página:As Minas de Prata (Volume III).djvu/38

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A meia légua da pousada cruzaram com os viajantes dois cavaleiros. Saudaram cortesmente ao passar. D. Aníbal respondeu à saudação; o pajem ao contrário calcou o sombreiro sobre os olhos com um modo soberbo, desdenhoso, olhando de través.

Ou não viram, ou não deram a isso importância os dois cavaleiros, e seguiram seu caminho. Vilarzito embaçou com a história, mas logo tomou uma resolução.

— Espere você um tantinho, cavalheiro, enquanto eu torno.

— Onde vais tu, pajem?

O pajem já não ouvia a pergunta, porque dando de rédea ao sendeiro e fincando-lhe as esporas, fora-se no encalço dos dois cavaleiros.

— Cavaleiros! Cavaleiros!... Queiram parar.

— Que nos queres tu?

— Saibam que meu amo, o mui nobre Senhor D. Aníbal Aquiles de la Fuerte Espada, por fama o Acutilador, que ali espera firme como o rochedo, me manda a suas mercês, para dizer-lhes que são uns pícaros...

— Caramba! Engole a palavra, pajem!