Página:As Minas de Prata (Volume III).djvu/39

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— Engolir, eu! Pois não! Vou repeti-la três, cem, mil vezes!

Aqui passando da voz ao grito, o menino clamou a pleno pulmão:

— Uns pícaros!... Uns grandes pícaros!... Uns grandíssimos picarões!...

Os cavalheiros não puderam deixar de rir.

— E por que, perguntou um deles, nos maltrata esse cavalheiro, teu amo?

— Porque você não o saudou...

— Não o saudei! Mal fiz em catar-lhe cortesia, a um vilão ruim qual ele é.

— Não o saudou como devia, apeando-se quando ele passava.

— Caramba! É ele o Santíssimo Sacramento? O perro! Apear-me eu quando ele passava!...

— É um bravo! Por isto e pelo mais pede ele desafronta da injúria que sofreu!

— Desafronta, quero eu!

— E eu primeiro!

Os dois cavalheiros picaram para D. Aníbal, desembainhando as espadas. Vilarzito os seguiu, gritando: