aviso que me trazeis, a recompensa há de ser pronta e igual ao serviço.
— Fiz saber-vos, senhor governador, que indicaria a vossa senhoria o lugar certo onde se acha o preso evadido esta manhã. Vou além da minha promessa, pois vo-lo entregarei eu próprio em pessoa.
— Onde está ele então?
Com um gesto cheio de nobreza e graça, o cavalheiro ergueu a viseira do elmo e descobriu a bela e altiva fisionomia de Estácio.
Desta vez a surpresa foi tal que D. Diogo de Menezes duvidou de seus olhos e acreditou em uma alucinação dos sentidos.
— Ah! A Providência vos entrega de novo à justiça de El-Rei. Desta vez não escapareis, exclamou o governador dirigindo-se à porta.
Estácio se lhe antepôs em face:
— Haveis de ouvir-me primeiro, senhor governador; não se condena um homem indefeso!
— Sois um espião e traidor. Estais condenado a menor suplício que merecestes. Não há para vós compaixão. Eu vos lamento e abandono a vosso desgraçado destino.
Estácio sorriu: